O Governo do Distrito Federal (GDF) lançou nesta quinta-feira, 22, o Centro Integrado de Inteligência Artificial (CIIA). A estrutura é voltada à criação de soluções baseadas em IA para áreas estratégicas da administração pública.
O centro funcionará no Parque Tecnológico de Brasília (BioTIC) e recebeu investimento de R$ 5 milhões – por meio de convênio entre a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF) e o Instituto Hardware Brasil (HBr).
O governo diz que o objetivo é promover o uso de inteligência artificial no aprimoramento de políticas públicas, com apoio de pesquisadores, startups e universidades. A proposta prevê o desenvolvimento de projetos com base em dados fornecidos por secretarias do DF, além de ações de capacitação e incentivo ao empreendedorismo.
"É um projeto muito positivo, partindo de baixo para cima, detectando as necessidades. Tenho certeza que isso vai beneficiar a população do Distrito Federal, que será atendida também de forma mais eficiente e eficaz", afirmou a vice-governadora do DF, Celina Leão.
Estrutura
O CIIA atuará em três frentes: pesquisa, formação profissional e estímulo à inovação. Na educação, por exemplo, está prevista a criação de projetos para prevenção da evasão escolar e personalização do ensino.
Na saúde, o foco será a otimização de filas de atendimento. Em segurança, o plano é desenvolver sistemas de visão computacional para monitoramento de áreas urbanas, como o Setor Comercial Sul.
Uma parceria com o Google vai viabilizar 5 mil licenças de cursos de inteligência artificial a moradores do DF, além de mil licenças adicionais para professores da rede pública. Dez instituições de ensino já firmaram acordos com o projeto. "Todos os professores vão passar por formação para que o conhecimento chegue até o estudante", disse a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.
No campo da inovação, o plano inclui três encontros com setores específicos. O GDF disse que o primeiro será com foco no setor jurídico. A organização também prevê o engajamento de startups e a realização de missões internacionais para parcerias, incluindo visitas a centros de inovação na China, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos.
De acordo com o coordenador do centro, Ricardo Barros Sampaio, o CIIA conta hoje com cerca de 45 pesquisadores e consultores, e deve ampliar a equipe com mais 80 alunos até o fim de 2025. "Juntos faremos o DF um laboratório vivo de políticas públicas baseada em inteligência artificial", afirmou.