Estratégia da Brisanet para 5G é de amortizar investimentos com fibra

José Roberto Nogueira, fundador da BrisaNet. Foto: Marcelo Kahn

A ideia do presidente da Brisanet é investir na implantação de fibra para conectar com a tecnologia 5G quando o ecossistema estiver maduro. Para o CEO do provedor regional, José Roberto Nogueira, dessa forma será possível aproveitar a infraestrutura com serviço de Internet fixa enquanto espera a maturidade do ecossistema de quinta geração. 

O plano para 5G é parte de uma estratégia maior da Brisanet. Após dez meses de iniciado o projeto de franquias, a companhia tem 140 franqueados em 450 cidades. A intenção do plano de negócios é estar em 100% da Região Nordeste até 2022. Para tanto, a empresa constrói backbone e backhaul para não apenas trazer a cobertura de fibra até a residência, mas também a própria infraestrutura para o 5G amortizada. 

O plano de investimentos, começado entre julho e agosto do ano passado, "está indo muito rápido", afirmou Nogueira durante evento online realizado pelo site Tele.Síntese nesta sexta-feira, 22. Ele diz que, somando todo o período, o Capex será "na casa do bilhão" de reais. 

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A ideia é que a empresa adquira a licença de espectro no leilão de 5G entre o final deste ano e 2021, a depender de quando a Anatel for realizar o certame. Em 2022, a companhia deverá ter acabado de implantar a rede de fibra em todas as localidades onde pretende. Com isso, o 5G será lançado inicialmente com a comercialização de modems para ser uma "extensão da fibra, um Wi-Fi móvel". "Em 2023, a adoção da tecnologia já estará mais massiva em terminais no valor de R$ 3 mil, e aí não precisará do Capex na ponta com o modem ótico na casa do cliente", declara. 

Recursos

Segundo afirma, o investimento para o plano não deverá ser por meio de fundos de investimento. "Nossa primeira opção não é essa. Pode ser recurso, mas vamos no modelo de captação de dívida, não de equity", declara. Ainda assim, ele ressalta que a Brisanet estará "mais desejada por quem tem dinheiro quando o brasil estiver saindo do 'pós-guerra'".

O modelo proposto por Roberto é o de utilização da faixa de 3,5 GHz, justamente por ser o de maior escala em ecossistema. "A Brisanet busca um modelo que em 2022 e 2023, a rede já esteja construída no Nordeste em FTTH. Quando levantar o 5G, já vai ter retorno."

IoT

Para o executivo, o 5G ainda não comporta um modelo de negócios em Internet das Coisas, como no agronegócio. Assim, ele enxerga que esse tipo de aplicação seja atendida com 4,5G (LTE-Advanced), especialmente com faixas mais baixas, como a de 700 MHz, e justamente por meio dos PPPs. "No interior do País não tem volume de indústria para conectar máquinas, o parque industrial está nas grandes capitais ou próximo. Aqui no Nordeste, tirando duas capitais, o resto não teria", afirma. 

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