Ericsson amplia produção de antenas na Índia diante de tarifaço de Trump

Imagem: Ericsson/Divulgação

A Ericsson anunciou nesta terça-feira, 22, que vai expandir a fabricação de antenas de redes móveis na Índia. O objetivo, segundo a fornecedora, é posicionar o país como um centro estratégico de inovação dentro da rede global da companhia. Além de suprir o mercado doméstico, parte da produção será exportada para outros países.

Até junho de 2025, 100% da produção de antenas passivas (importantes para implementação de redes 5G) para o mercado indiano será concentrada lá. Isso vai ocorrer em parceria com a VVDN Technologies –  firma de engenharia e manufatura de soluções em telecom.

À imprensa, a Ericsson afirmou que essa estratégia vai acelerar o tempo de entrega, aprofundar a colaboração com parceiros indianos e aumentar a adaptabilidade às demandas dos clientes. 

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Isso significa que o país asiático se tornará um hub estratégico na cadeia de suprimentos global da empresa, em um momento em que a guerra tarifária travada pelos Estados Unidos (EUA) pressiona companhias globais a repensarem a produção na China. 

Pano de fundo

A notícia da ampliação da capacidade de produção no país mais populoso do mundo ocorre em um dia importante para o mercado indiano. Nesta terça, 22, o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, disse que a América e a Índia chegaram aos termos finais que vão balizar uma parceria comercial entre as duas nações.

O tal acordo bilateral ainda não foi detalhado. Ainda assim, ele tem o potencial de evitar, sobre a Índia, as tarifas recíprocas que fazem parte do governo do presidente Donald Trump. Vance vem sendo um interlocutor nesse diálogo. Inclusive, ele disse que o "futuro do século XXI será determinado pela parceria entre EUA e Índia".

Enquanto isso, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi afirmou que ambos os países estão se esforçando para "melhorar a cooperação em energia, defesa, tecnologias estratégicas e outras áreas". 

Cadeia de suprimentos

A Ericsson possui fábricas no México, Romênia e China. Segundo a empresa,  a inclusão da Índia nessa rede busca diversificar e tornar a cadeia de suprimentos da marca mais resiliente.

"Com antenas agora projetadas e construídas na Índia, para a Índia e o mundo, a Ericsson e a EAS estão trabalhando para moldar o futuro da infraestrutura de rede global com uma cadeia de suprimentos resiliente e mais próxima dos clientes", informou a companhia em comunicado.

Segundo a Ericsson, as soluções avançadas de antenas da EAS vão ajudar as operadoras a implantar "infraestrutura confiável e de alta capacidade" para atender às crescentes demandas de dados do 5G e de tecnologias futuras.

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