A Ericsson obteve um primeiro trimestre com aumento no lucro, ainda que as receitas tenham ficado estáveis no período. Em balanço financeiro divulgado na quarta-feira, 21, a fornecedora sueca destacou que as vendas em redes avançaram devido a ganhos de participação de mercado, e que a margem aumentou "apesar de investimentos significativos" e de flutuação cambial.
A receita líquida da companhia totalizou 49,8 bilhões de coroas suecas (US$ 5,90 bilhões) no primeiro trimestre, o que representou uma variação de apenas 28 milhões de coroas (US$ 3,32 milhões) em relação ao mesmo período do ano passado.
O principal componente de receita, a área de redes cresceu 3% no período, chegando a 36,3 bilhões de coroas (US$ 4,30 bilhões). Esse avanço compensou a queda de 6% na área de serviços digitais e de 15% em serviços gerenciados, embora ambas tenham peso menor na receita.
Na divisão por regiões, o principal mercado da empresa, a América do Norte, observou recuo de 5% e total de 17,1 bilhões de coroas suecas (US$ 2,03 bilhões), enquanto a Europa e América Latina obtiveram avanço de 3%, totalizando 12,6 bilhões de coroas suecas (US$ 1,49 bilhão). Os maiores avanços foram na Ásia, particularmente no nordeste asiático, que aumentou 66% comparado ao ano passado.
A companhia argumenta que as vendas para a América Latina caíram 17% "por conta das condições macroeconômicas após a covid-19". Desconsiderando a desvalorização cambial, o resultado seria estável.
Lucro
Apesar da estabilidade na receita total, o lucro líquido aumentou 39%, alcançando 3,2 bilhões de coroas suecas (US$ 375,2 milhões).
O lucro antes de juros e impostos (EBIT) totalizou 5,3 bilhões de coroas (US$ 630 milhões), um aumento de 22% também no comparativo anual. Assim, a margem EBIT ficou em 10,6%, ou 1,9 ponto percentual acima do registrado no primeiro trimestre de 2020. O EBIT da área de redes foi de 7,2 bilhões de coroas suecas (US$ 850 milhões), um avanço de 24%.
Em mensagem, o CEO da companhia, Börje Ekholm, argumentou que a pandemia acelerou a digitalização da sociedade global, e que isso tornou a infraestrutura de conectividade crítica. "Vemos sinais positivos de governos e empresas reconhecendo cada vez mais o 5G como a escolha preferida para conectividade com implantação acelerada", declarou.