[Publicado originalmente no Mobile Time] O faturamento com as vendas de smartphones no Brasil cresceu 6% em 2018, alcançando R$ 58,1 bilhões. Isso se deu pelo aumento de 14% no tíquete médio de celulares, que passou de R$ 1.150 para R$ 1.307. Por sua vez, os feature phones tiveram queda de 4% no faturamento, baixando de R$ 347,8 milhões para R$ 332,7 milhões. Seu tíquete médio dos features phones chegou a R$ 129, um aumento de 14%. Os números são da IDC.
Por outro lado, a quantidade de smartphones vendidos no Brasil em 2018 diminuiu 7%, caindo de 47,7 milhões para 44,4 milhões de unidades. No segmento de feature phones, por sua vez, foi registrada uma queda de 16,2%, passando de 3,1 milhões para 2,5 milhões de dispositivos. Somando feature phones e smartphones, o Brasil finalizou o ano passado com 47 milhões de celulares vendidos, contra 50,8 milhões em 2017, recuo de 6,4%. Com o resultado, a empresa de análise de mercado estima que 94,5% das vendas foram de smartphones e 5,5% de feature phones.
Diversos fatores afetaram as vendas, segundo Renato Meirelles, analista de mercado em mobile phones e devices na IDC. A falta de confiança na economia do País, o cenário das eleições gerais em 2018, as variações no preço do dólar ante o real, a greve dos caminhoneiros e a falta de novidades em design dos dispositivos.
Para 2019, no entanto, a expectativa da IDC Brasil é de queda nas vendas em 4,3% com 42,5 milhões de smartphones e recuo de 6,3% para feature phones com 2,4 milhões de unidades.
4º tri
Com 10,7 milhões de unidades comercializadas, o último trimestre registrou redução de 14,3% nas vendas, contra 12,6 milhões um ano antes. O resultado só não foi pior devido ao aquecimento do comércio na Black Friday e Natal. A receita cresceu 3% e fechou o trimestre com R$ 16 bilhões.
Handsets
Na divisão por categoria de smartphones, a proporção ficou 95% para Android e 5% para iOS. Por preço, a disposição ficou a seguinte:
"As faixas que mais cresceram foram intermediário alto e premium. Nós vimos os movimentos das fabricantes saírem do low-end e mid para atuar em outras faixas (mais caras). E os consumidores começaram a ver mais valor agregado nesses produtos", explicou Meirelles.