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Neoenergia quer rede privativa compartilhada com outros serviços públicos

Explorando opções de redes privativas no setor elétrico, a Neoenergia já considera um modelo de exploração compartilhada da infraestrutura com outros serviços públicos – como iluminação pública, vigilância e saneamento básico.

A possibilidade foi citada pela companhia elétrica durante o primeiro dia do Fórum das Operadoras Inovadoras, organizado por TELETIME e Mobile Time a partir desta segunda-feira, 22. Para o superintendente de smart grids da Neoenergia, Heron Fontana, o compartilhamento seria uma forma de “fechar a conta” do investimento do setor em redes privativas e criar uma plataforma para cidades inteligentes.

“Entram modelos regulatórios de compartilhamento da rede com iluminação pública, vigilância e serviços de água ou saneamento”, exemplificou. A atuação teria guarida regulatória no caso de funções com o mesmo perfil de missão crítica do setor elétrico, já que não envolveria risco adicional à operação da concessionária de energia.

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“A regulação atual permite, mas há discordâncias sobre a atratividade desse compartilhamento”, afirmou Fontana. Segundo ele, ajustes pontuais são necessários para ampliar o leque de custos que poderiam ser cobertos em projetos do gênero. Já uma eventual expansão do uso da rede privativa para além das funções críticas seria mais complexa do ponto de vista regulatório, mas também poderia ser avaliada.

Modelo híbrido

A Neoenergia considera o compartilhamento porque já vem explorando o mercado de redes privativas, inclusive com operação de LTE ativa em Atibaia (SP), a partir de licença experimental em 3,5 GHz.

A empresa de energia, contudo, reforça que o ideal para o setor seria utilizar frequências baixas para atendimento próprio, seja em 450 MHz ou em 700 MHz. A partir de redes privativas, a Neoenergia avalia exercer um controle mais rígido de funções sensíveis como automação de rede em smart grids.

A parceria com operadoras tradicionais de telecom, contudo, segue na estratégia: a companhia elétrica acredita em um modelo “híbrido“, que envolva inclusive o compartilhamento de sites ou torres entre os dois setores.

Desafios

O modelo mais independente proposto pela Neoenergia foi questionado pela TIM durante o Fórum das Operadoras Inovadoras. Para o head de soluções corporativas da operadora, Paulo Humberto Gouvea, não faz sentido o setor de utilities investir em telecom em detrimento de sua atividade principal.

Ainda segundo o executivo, a necessidade de equipes para manutenção e operação de rede, de atualização tecnológica constante e a escala para além do nível municipal seriam grandes desafios. A operadora entende que a indústria de telecom está preparada para atingir os níveis de serviço exigidos em redes privativas, inclusive pelo setor de utilities.

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