A inclusão de faixas milimétricas em 26 GHz na previsão dos leilões de 5G planejados para 2020 animou os fabricantes de tecnologia. A expectativa é de que possam ser licitadas pelo menos três faixas de 800 MHz cada. Mas uma definição sobre o tamanho do espectro a ser disponibilizado ainda depende de algumas variáveis. A faixa de 26 GHz é, na verdade, o conjunto de frequências entre 24,25 GHz e 27,50 GHz. São, ao todo, 3,25 GHz de banda. Mas existe um problema complexo de interferência da parte de baixo da faixa em relação a aplicações científicas satelitais, e será necessária uma considerável banda de proteção. A definição do tamanho desta banda é um dos temas da Conferência de Radiocomunicação da UIT, em novembro. A proposta mais agressiva, da Europa, prevê uma banda de 1 GHz, o que inviabilizaria três blocos de 800 MHz. A posição dos EUA exigiria uma banda menor, de 400 MHz, o que permitiria um melhor uso pelo 5G. O Brasil defende uma posição intermediária. Outra possibilidade é que o leilão não seja para a faixa completa, ou para blocos menores, de 200 MHz, reservando parte do espectro para novas rodadas no futuro.
Também foi bastante comemorada a inclusão das faixas de 3,3 GHz e 3,4 GHz no leilão, o que permitiria, em tese, o leilão de blocos de até 200 MHz, considerado o ideal para o desenvolvimento completo das aplicações de 5G.