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Telefônica avalia GVT em R$ 7,7 bi e detalha desempenho em 2015 com prejuízo

No próximo dia 1º de abril, a Telefônica/Vivo realizará em São Paulo uma assembleia extraordinária para aprovar a reestruturação societária da companhia após a incorporação total da GVT. Para tanto, divulgou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta terça, 22, um edital de convocação no qual detalha o patrimônio a ser incorporado, bem como dados operacionais isolados da GVT que mostram ter havido prejuízo no ano passado, apesar de investimentos na modernização da infraestrutura de rede.

Antes da incorporação será efetuada a cisão da GVT e seu valor líquido total de R$ 7,712 bilhões será vertido na maioria para a GVT Participações, sobrando uma pequena parcela para ser absorvida pela Pop Internet (que lidará com negócios não relacionados a telecomunicações). A GVT Participações será totalmente incorporada pela Telefônica, que absorverá o patrimônio líquido total de R$ 11,009 bilhões. Como as empresas são subsidiárias integrais da Telefônica, não haverá aumento de capital da companhia.

Na avaliação da auditora independente Ernst & Young, o capital social subscrito e integralizado da GVT Participações é de R$ 13,499 bilhões dividido em 13,499 bilhões de ações ordinárias nominativas e sem valor nominal. A Telefônica avisa também que, uma vez incorporada a GVT, poderá depreciar ou amortizar a mais-valia alocada aos ativos, bem como o ágio registrado na aquisição. O capital social apenas da Telefônica em 31 de dezembro de 2015 era de R$ 63,571 bilhões, representado por 1,691 bilhão de ações, sendo 571,6 mil de ações ordinárias e 1,119 bilhão de ações preferenciais.

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Desempenho

Segundo dados da própria companhia, a receita somente da GVT em 2015 foi de R$ 5,719 bilhões, tendo apresentado crescimento em taxa anual composta (CAGR) de 6,1% entre 2013 e 2015. A companhia gerou ainda R$ 2,647 bilhões de prejuízo líquido no ano passado, após ter apresentado lucro líquido de R$ 631,4 milhões no ano anterior.

Em dados operacionais, a GVT fechou o ano com 12,5% de participação no mercado de banda larga, ou 36% no mercado de velocidade acima de 12 Mbps. Afirma que no ano passado aumentou a planta fixa com 570 mil novas portas de acesso, sendo 120 mil em fibra até a residência (FTTH, com a tecnologia GPON), oferecendo até 50 Mbps em par metálico e 300 Mbps em fibra. A companhia declara ter conquistado 221 mil novos clientes no período, totalizando 3,1 milhões de assinantes de banda larga. Em telefonia fixa, detinha 10% (ou 4,3 milhões de clientes); e na TV por assinatura, 5,3% (1 milhão de clientes).

Relata ainda que houve redução nas perdas em decorrência de fraude em TV por assinatura, de R$ 22,9 milhões em 2014 para R$ 10,6 milhões no ano passado. Isso aconteceu pelas melhorias implantadas no processo de detecção e aprimoramento dos filtros de ferramentas que monitoram fraudes.

Infraestrutura

Na TV por assinatura, a GVT unificou a interface de usuário, que antes era diferente para acessos DTH e híbrido. Com isso, afirma ter reduzido “significativamente os motivos de abertura de reclamações”. Confirma ainda ter efetuado a migração satelital para o Intelsat 34 (IS34), lançado em agosto do ano passado para ocupar a posição orbital 304,5° Leste. Com capacidade de bandas Ku e C, o satélite substituiu o Intelsat 805, que servia à GVT (originalmente na posição orbital 55,5° Oeste, depois realocado), e o Galaxy 11, da Boeing, que é operado pela Intelsat na posição 55,5° Oeste (originalmente na posição 32,8° Leste).

O documento detalha alguns procedimentos na infraestrutura de rede, como a substituição de centrais TDM por media gateways controlados por core IMS, além de upgrades de hardware e software no core de rede de próxima geração, ampliando o par de PTS RJO/RCE para melhorar a distribuição de links de sinalização e deixar a rede legada com múltiplas redundâncias.

Em relação ao backbone, fala em diversas ações de contingência e aumento de capacidade para manter robustez e criar rotas alternativas para redundância. Essa infraestrutura também recebeu redes de distribuição de conteúdo (CDNs) para melhorar o tráfego, mas a companhia não cita quantas e nem onde exatamente estão essas CDNs. Diz, no entanto, que em 2015 realocou servidores de caches e CDNs para “pontos mais próximos do acesso do cliente”.

Revelou ter modernizado a planta de switches com a substituição de equipamentos; ativou aparelhos de maior capacidade e densidade de portas para aproveitar melhor espaço e consumo de energia; e adequou a arquitetura de conexões, aumentando robustez, disponibilidade e segurança. A Telefônica diz que essas ações ajudaram a evitar interrupções na rede local e aumentar a confiança dos serviços.

A GVT encerrou 2015 com um total de 5.650 vendedores próprios e terceirizados. Em bens físicos, a companhia detinha 21 prédios administrativos, 23 prédios técnicos (switch), 91 prédios mistos e 18 prédios logísticos. No total, são 13 imóveis próprios e 140 locados. A partir do dia 15 de abril, a marca GVT será substituída totalmente pela da Vivo.

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