O avanço da Companhia Paranaense de Energia (Copel) no mercado de telecomunicações nos últimos anos, por meio da sua subsidiária Copel Telecomunicações, colocou a distribuidora em posição de destaque no circuito da expansão da banda larga no país. Mas nem todos os efeitos dessa expansão foram positivos para o grupo Copel. A proeminência da Copel Telecomunicações no estado do Paraná fez com que a área técnica da Anatel sugerisse que a companhia fosse classificada como detentora de Poder de Mercado Significativo (PMS). Na prática, essa ação, se confirmada no futuro Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), resultará na imposição de barreiras regulatórias contra a empresa paranaense.
Executivos da empresa que estiveram nesta terça-feira, 22, com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, reagiram duramente à possibilidade de a Copel Telecomunicações ser classificada como PMS, conforme antecipado por este noticiário na edição 139 da revista TELETIME, de dezembro de 2010. "Nós temos o entendimento de que nós não temos PMS, ainda mais se comparado com as grandes teles que atuam no mercado. Não tem sentido isso", afirmou o superintendente da Copel Telecomunicações, Marcos Pessoa.
Um dos aspectos que mais incomodam os executivos da empresa é que a Anatel sequer considerou que parte dos investimentos na aclamada rede de fibras ópticas da Copel Telecomunicações veio de recursos públicos, uma vez que o estado do Paraná é sócio da companhia. "Somos uma empresa de capital misto, ou seja, temos participação do estado do Paraná. Ai, o estado investe na construção dessa rede para conectar todo o estado e somos punidos por isso?", protestou Pessoa.