Em almoço com a imprensa nesta terça-feira, 22, Gagrielle Gauthey, vice-presidente sênior de relações institucionais da Alcatel-Lucent, defendeu o uso dos 700 MHz para a massificação das telecomunicações nas áreas rurais do Brasil.
Segundo Gabrielle, isso já acontece em países europeus, como a França, com bastante sucesso. "Lá há regras estabelecidas para o compartilhamento de espectro nas zonas urbanas e rurais. Cerca de 70% da população na França utiliza infraestrutura compartilhada (unbundling)", diz. De acordo com a executiva, o Brasil precisa urgentemente limpar as faixas de 700 MHz (atualmente utilizado pelas emissoras de TV) para, em seguida, estabelecer regras de unbundling entre as operadoras móveis. "As TVs podem podem ser deslocadas para outras frequências. E em regiões de menor densidade populacional, as operadoras podem compartilhar não apenas a parte passiva (rede óptica), mas também as estações radiobase (ERBs) e os ativos (eletrônica) da rede", explica. Para a executiva, a faixa de 2,5 GHz não será suficiente para universalizar a banda larga no país.
Universalização móvel
A faixa de 700 MHz só deverá ser liberada no Brasil depois de 2016, quando acaba a transição digital das emissoras de TV, mas ainda há dúvida se esse espectro não será mantido para a radiodifusão.