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Para CTOs, aplicações que demandarão redes 5G já aparecem no horizonte

CTOs discutem 5G durante o MWC 2016

Não há surpresa no fato de que o tema mais falado no primeiro dia do Mobile World Congress 2016, que acontece esta semana em Barcelona, seja 5G. Mas quais as aplicações que deverão determinar a necessidade por esse tipo de tecnologia? Na visão dos operadores já convencidos da necessidade deste próximo salto tecnológico (que acontecerá em 2020) e fornecedores, é possível dividir as aplicações em dois conjuntos: aquelas que demandam altíssimos volumes de dados (como vídeo em alta definição, realidade aumentada e realidade virtual) e aquelas que demandam baixos índices de latência, como automação industrial, automação veicular, automação doméstica e aplicações de saúde e segurança. Sem prejuízo de uma combinação de ambos.

O interessante é que a tecnologia 5G vem sendo desenvolvida em cima de hipóteses de aplicações que se tornarão efetivamente demandadas pelos usuários, mas já existe uma necessidade específica que está pressionando a indústria para criar uma infraestrutura de rede que possibilite velocidades elevadas de tráfego, grandes volumes de dados e latência reduzida: trata-se das aplicações em cloud. Segundo Ulf Ewaldsson, CTO da Ericsson, ao contrário da tecnologia de 3G, que foi criada sem que se tivesse ideia do impacto que os smartphones teriam nas redes, a tecnologia 5G está sendo desenhada com um cenário bastante concreto, baseado na realidade das aplicações de TICs. Para Hossein Moiin, CTO da Nokia, a tecnologia 5G é, na verdade, um sistema de sistemas, uma forma de integrar diferentes tecnologias. “Podemos ver aplicações que vão desde o gerenciamento de drones até aplicações médicas em tempo real pela rede móvel”, prevê.

Essa visão é compartilhadapor Karim Sabbagh, CTO da SES, maior operadora de satélite do mundo. “Com 53 satélites hoje, trafegamos 1 Zetabyte. Em breve precisaremos do dobro dessa capacidade e é impossível conseguir atender a essa demanda apenas com sate’lites, por isso precisamos de uma tecnologia que permita integrar diferentes redes, satélite e terrestre, e o 5G é o caminho para isso”, diz.

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Nas aplicações concretas, pode-se encontrar demonstrações de realidade virtual e realidade aumentada estão por toda a parte nos pavilhões do MWC, assim como aplicações de cidades inteligentes e veículos conectados.

“A quinta geração de redes móveis será essencial para gerenciar a vida digital dos usuários. Não é apenas mais uma conexão”, explicou o CTO da Deutsche Telekom, Bruno Jacobfeuerborn. Ele aponta para alguns atributos das redes de telecomunicações que contribuirão para o desenvolvimento deste tipo de aplicação: confiabilidade (com segurança de rede, identidade e privacidade); experiência de usuário (com qualidade de serviço, comunicação individualizada e em tempo real); e a possibilidade de atribuir serviços associados a um contexto de localização e outros atributos provenientes da rede, como saber que outros conteúdos estão sendo demandados naquele mesmo momento.

Pressa europeia

A Comissão Europeia tem pressionado a indústria de telecomunicações par definir uma padronização efetiva dos diferentes sistemas que comporão o padrão 5G. A expectativa do comissário Günther Oettinger, responsável pela agenda digital da CE, a Euro de 2020 pode ser uma boa oportunidade para demonstrar em escala comercial o resultado desse esforço de padronização. Ele ressalta a urgência na necessidade de definir as frequências que serão usadas para a quinta geração e a coordenação entre países. Pela programação do 5GPP, que tem trabalhado na padronização do 5G na Europa, as propostas de padrão devem começar a sair em meados de 2017, mas as definições só serão feitas em 2020. A Coreia do Sul trabalha para que os jogos de inverno de 2018 já contem com uma primeira apresentação comercial de 5G, contudo.

Para o CTO da Ericsson, a importância de ser rápido na padronização é que o movimento não é apenas de tecnologia, mas de criação de um novo ambiente que combina IT e telecomunicações, que apresentará muitas possibilidades de negócio. “Nesse sentido chegar primeiro é muito importante”, disse ele, se referindo aos esforços das operadoras nos EUA e Ásia para concluírem a padronização antes de 2020. Para Moiin, CTO da Nokia, o casamento entre o ambiente das tecnologias da informação e das telecomunicações é a chave para entender a importância de estar adiante no movimento de padronização da quinta geração de serviços móveis.

 

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