Google quer virar MVNO nos Estados Unidos, diz WSJ

O Google estaria articulando há mais de um ano contratos com as operadoras Sprint e T-Mobile para virar uma operadora móvel virtual (MVNO) nos EUA, segundo fontes próximas ao assunto citadas por reportagem publicada pelo Wall Street Journal (WSJ) na quarta-feira, 21, e originalmente divulgadas pelo site de notícias de tecnologia The Information. O projeto, batizado internamente de Nova e encabeçado por um veterano na companhia, o vice-presidente de gerenciamento de produtos Nick Fox, seria focado em oferecer planos de dados.

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Segundo o site especializado Android Police, uma fonte do Google afirmou ainda no ano passado que o plano era utilizar o Google Voice, que atualmente seria substituído pelo Hangouts, para oferecer chamadas de voz sobre IP (VoIP). A companhia ofereceria planos ilimitados de dados, mas também se valendo de offload em infraestrutura Wi-Fi onde disponível – cobertura que ela pretende expandir por conta própria.

Isso porque o Google, além de oferecer banda larga fixa com fibra até o domicílio (FTTH) nos EUA com o Fiber, tem no projeto Loon sua estratégia de oferecer conectividade através de drones e balões não tripulados. Na semana passada, a companhia enviou uma carta para a Federal Communications Commission (FCC) pedindo mais liberação de espectro não licenciado, bem como a de altas frequências que poderiam ser utilizadas com novas tecnologias de acesso para promover backhaul, conexão máquina-a-máquina (M2M) e Internet de alta velocidade em regiões remotas. Assim, a companhia não teria de se valer tanto da infraestrutura da operadora, podendo escoar mais tráfego com tecnologias mais baratas e sem maiores problemas de congestão de rede.

O WSJ diz que o plano seria de lançar, ao menos inicialmente, nos mercados onde a companhia já atua com o Google Fiber. Também não seria difícil imaginar que a empresa pudesse aproveitar seu backbone de fibra para fortalecer o backhaul das operadoras que iriam vender sua capacidade e infraestrutura para a MVNO. O periódico afirma que, segundo fonte da Sprint, o contrato poderia ser renegociado em caso de o Google chegar a um determinado tamanho de base de clientes. Os executivos da operadora norte-americana estariam apreensivos com a entrada da companhia no negócio de telecomunicações, o que poderia ser danoso para a própria Sprint.

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