Troca de ações da TCO prejudica preferencialistas

O procedimento adotado pela Brasilcel na compra da Tele Centro Oeste Celular (TCO) prejudica o mercado de ações preferenciais, segundo avaliação de analistas de mercado. Um operador de uma das corretoras mais atuantes no mercado de telecomunicações diz estar sendo questionado por clientes sobre uma das qualidades mais importantes das PN, a liquidez. ?De que adianta a liquidez se os preferencialistas não são beneficiados na hora da troca de ações?, diz ele. Ao contrário, as condições de troca impostas aos portadores de PN estariam sendo usadas para baixar o custo médio da aquisição. Já se esperam ações na Justiça contra o negócio.
De fato, na oferta de compra do controle da TCO, a Brasilcel paga para a Splice, por 61,1% das ON, R$ 18,23 por lote de mil, em um total de R$ 1,408 bilhão. Isso significa um prêmio de 58,5%, já que o valor de mercado na data era de R$ 11,50.
Para os demais portadores de ações ordinárias (38,9% das ON), a oferta de 80% do valor do negócio (R$ 14,58 por lote de mil) representa um total de R$ 714 milhões, com prêmio de 26,78% sobre o preço de véspera. Na média, portanto, o prêmio total teórico cairia para 46,16%.

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Já na troca de uma ação da TCO por 1,27 da Telesp Celular (R$ 5,00 na cotação desta quarta-feira) para os restantes 253 bilhões de ações preferenciais em circulação, o montante envolvido seria de R$ 1,265 bilhão. A média do valor do lote de mil ações cairia, nessas circunstâncias, para R$ 8,94. Há analistas que acreditam que, na verdade, esse último pedaço da operação pode sair bem mais barato com a queda das ações da Telesp Celular.

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