Depois que o leilão de terceira geração de telefonia móvel finalmente saiu da fila, outro serviço que espera sua vez é o WiMAX. Após ter se tornado padrão global de 3G, a tecnologia tornou-se estrategicamente mais interessante, pois as operadoras poderão optar por investir nas famílias que evoluíram de CDMA e GSM, ou em WiMAX. A tendência, entretanto, é que as teles em operação façam o investimento acompanhando a rede existente, enquanto quem opera serviços como o de MMDS tendem a optar pelo WiMAX. ?Internet é um fator decisivo de desenvolvimento. Nós precisamos de acesso desesperadamente, e WiMAX é importante não só para competir como também para complementar as outras redes existentes, como cabo, ADSL e 3G?, diz o diretor executivo da Neotec (Associação das Operadoras de Sistemas MMDS), José Luiz Frauendorf.
O executivo explica que o roaming será entre todas as bases tecnológicas existentes, dependendo, logicamente, dos acordos entre as operadoras. O Brasil faz parte do Global Development Committee, uma instituição internacional que estuda o roaming entre países e a harmonização do padrão. A Sprint, dos Estados Unidos, lidera o grupo e convidou o Brasil para contrabalançar as opiniões entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Quanto às regras para a mobilidade do WiMAX, Frauendorf opinou timidamente que quem comprar essas licenças deveria ter obricações em relação à cobertura, porque espectro é um patrimônio do País e deve ser usado adequadamente, desde que seja economicamente viável.?
Novos players
É possível que o Brasil atraia novos players por ocasião do leilão de WiMAX? Frauendorf é cético em relação a isto, mesmo porque as empresas têm se consolidado para garantir a sobrevivência: ?Não adianta a utopia de dizer que quero dez concorrentes no Brasil. Não tem mercado.? Isto não significa, segundo ele, que a licitação deva ser dirigida para quem já está no mercado; as condições econômicas simplesmente não seriam atrativas para novos investidores.
