Cabo submarino da Telebrás prevê terminações nos EUA, Europa e África

Ainda são poucos os detalhes conhecidos sobre o projeto de cabo submarino que está sendo desenvolvido pela Telebrás e que pode ser feito em parceria com a Odebrecht, segundo informações passadas pelo presidente da estatal, Caio Bonilha, em reunião nesta segunda, dia 21, com o ministro das Comunicações Paulo Bernardo. Um dos aspectos importantes já anunciados pelo próprio ministro Paulo Bernardo é que o projeto pode ter participação de outros governos latino-americanos. Uma decisão sobre isso poderá inclusive ser tomada durante a reunião da Unasul, dia 29, em que ministros da América do Sul terão esse como um dos temas.

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Sabe-se que o projeto inicial do cabo prevê um trecho ligando São Paulo e Rio de Janeiro à Argentina, uma conexão entre o Sudeste e Fortaleza e a saída internacional de Fortaleza para a América do Norte, passando pelo Caribe, e duas ramificações: uma conectando o Brasil diretamente à Europa, passando por Cabo Verde, e uma direta, chegando provavelmente em Angola, na África.

As negociações com os países africanos estão avançadas, e a experiência da Odebrecht em diferentes mercados africanos pode ajudar, eventualmente até em uma negociação para que o Brasil conseguisse uma saída para a Ásia.

O orçamento da Telebrás prevê, para os próximos anos, cerca de 40% do custo de construção do cabo. O restante teria que vir de parceiros. Estima-se em R$ 2,5 bilhões o projeto. Sabe-se que o objetivo da estatal é se tornar uma operadora tier 1,  com capacidade de conexão direta aos principais pontos de troca de troca de tráfego sem precisar passar por intermediários. E o custo estimado pela Telebrás como razoável é de US$ 15 por Mbps na saída de Fortaleza, o que é menos da metade do preço cobrado hoje pelas operadoras de cabo submarino presentes no mercado. A capacidade final do cabo está estimada em cerca de 32 Tbps, começando em 2 Tbps.

No começo deste ano, a Oi negociava com a Angola Telecom um projeto de cabo submarino orçado em cerca de US$ 200 milhões interligando Brasil à África.

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