Fabricante nacional desenvolve produto para pequenas empresas entrarem no triple play

Pequenos provedores e as empresas regionais de TV por assinatura têm agora uma opção de tecnologia para ingressar no mundo da convergência adaptada para o tamanho dos seus negócios. Isso é o que promete a Orange, divisão da Bichara Tecnologia para as operadoras de telecomunicações, com a Central Pública DSX.
Trata-se de uma plataforma que permite às operadoras de TV por assinatura incluírem no seu portfólio serviço de telefonia e IPTV. Já para os pequenos provedores, também será possível que eles tenham uma oferta com telefonia e TV. A Orange vai assinar os primeiros contratos da platafoma com duas operadoras de TV por assinatura durante a Futurecom, que aocntece na semana que vem em São Paulo.
De acordo com Daniel Bichara, sócio da companhia, no momento a plataforma ainda não tem a função IPTV porque, segundo ele, as empresas não estão preparadas para este salto tecnológico, que envolve treinamento do pessoal técnioco e de vendas. Com o IPTV, as operadoras regionais de TV por assinatura poderiam oferecer pay-per view e outros serviços avançados. Segundo o planejamento da Orange, essa função será acrescentada na plataforma no ano que vem.

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A solução é 100% nacional. Ou seja, foi desenvolvida e produzida no País, com exceção da placa de circuito interno que é chinesa. O centro de desenvolvimento da Orange fica em Santa Maria no Rio Grande do Sul e a fabricação é em Porto Alegre. O desenvolvimento do produto tomou dois anos exigiu investimentos de aproximadamente R$ 5 milhões.
Segundo Bichara, a grande vantagem da sua solução é o custo, que pode ser até 70% menor que o dos concorrentes. O DSX trabalha com um conversor de TDM para IP. Isto permite que as companhias entreguem serviços de telefonia TDM, compatível com a grande maioria dos PABX do mercado, mas tenham o backbone e a central IP. Além disso a plataforma é preparada para a portabilidade numérica. A expectativa do empresário é que a solução traga uma receita de R$ 6 milhões a R$ 7 milhões no ano quem, volume que pode ser duas vezes maior dependendo da evolução do PNBL.
Grupo
O grupo Bichara Tecnologia é formada por 4 empresas e tem 5 sócios, todos brasileiros. Segundo Daniel Bichara, as empresas nunca recorreram a fundos de financiamento ou empréstimos junto ao BNDES, por exemplo, porque as garantias são exageradas, na sua visão. Para se capitalizarem, 80% do lucro é reinvestido no negócio.
O próximo passo da empresa é entrar no mercado de soluções GPON. A intenção é fabricar a OLT (Optical Line Termination), sistema equivalente ao DSLAM do ADSL. Bichara diz que se reunirá na semana que vem com duas empresas chinesas que fabricam o gerador e o receptor de laser, matéria-prima para que a Orange possa desenvolver sua própria solução no Brasil.

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