Mobilidade é a onda da vez no mundo da web 2.0

As palavras de Mary Meekers, principal responsável pela análise do mercado de Internet do banco Morgan Stanley e uma das mais respeitadas analistas de tecnologia dos EUA, são há mais de uma década referência para a indústria de Internet do Vale do Silício, nos EUA. Esse ano, a palavra de ordem de Meekers foi mobilidade. Ela foi uma das atrações do primeiro dia do Web 2.0 Summit, que acontece esta semana em São Francisco.
Mary Meekers analisa a Internet desde 1995 e observa que a Internet móvel tem um potencial de crescimento 10 vezes maior do que teve a Internet fixa, que por sua vez cresceu 10 vezes mais do que a indústria de PCs que, por sua vez, foi dez vezes mais relevante do que a indústria de mainframes, nos anos 70. Ela estima em mais de 10 bilhões de dispositivos móveis conectados já nos primeiros anos da próxima década, o que envolve celulares, leitores móveis (como o leitor Kindle, da Amazon), laptops, GPSs, veículos conectados etc. Ela apontou que os dispositivos que permitirão essa nova onda da Internet tiveram expressivo crescimento mesmo em um ano de crise. Houve um aumento de 57% no último ano nas vendas de GPS (60% dessas vendas foram embarcadas em celular); 45% no número de usuários 3G; 42% de aumento nas vendas de chips WiFi; e 45% nas vendas de dispositivo bluetooth, segundo os estudos da Morgan Stanley apresentados durante o Web 2.0 Summit. Em 2010, os usuários de redes 3G devem ser 20% dos usuários de celular, o que é um ponto de virada, segundo Meekers, que deve impulsionar a expansão de diversas aplicações móveis.
Passado japonês

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Meekers também observou um fenômeno interessante: o que acontecia com o mundo da Internet móvel em 2000 no Japão é exatamente o que está acontecendo hoje no resto do mundo. Por exemplo, em 2000 a receita com acesso era de 86% das vendas totais das operadoras japonesas. Hoje, esse percentual é de 88% nas operadoras em geral em outros países. Em 2000, 10% das receitas das operadoras japoneses vinha de mobile commerce, percentual que agora chegou a 9% nos demais países. "Se essa for uma tendência, é importante olhar o que é o Japão hoje para entender o que será nos próximos anos". Ela dá uma dica: as receitas com mobile commerce já são 21% no Japão.

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