Aplicações corporativas desafiam papéis dos diferentes players

Uma das discussões de maior destaque durante o Fórum Mobile +, organizado pelas revistas TELETIME e TIINSIDE e que acontece esta semana em São Paulo, foi a dificuldade de se definir funções entre os diferentes players do mercado de soluções para mobilidade corporativa. Os desafios são os níveis críticos de confiabilidade envolvidos, a exigência dos clientes, os volumes financeiros e a complexidade do suporte para as aplicações. A resultante dos argumentos apresentados pelos painelistas é que hoje não existe um modelo de negócio definido e que cada player da cadeia de valor pode representar ora um papel, ora outro. Muitas vezes, o integrador é que é dono do cliente e procura a operadora para oferecer uma oferta integrada, em outros casos é o contrário.
Inevitavelmente nessa discussão todos se perguntam se as operadoras vão se tornar apenas provedoras de meios, não obtendo portanto, participação na receita da solução vendida para o cliente.
Na opinião de Julio Ramos, gerente de soluções móveis para a América Latina da Microsoft, as operadoras vão sim conseguir ser as donas do cliente. "Acho que a operadora não vai ser 'pipe'. Hoje eles já não são", diz o executivo. O executivo ainda afirma que hoje a cadeia de valor das soluções de mobilidade para o mercado corporativa "é muito complexa".

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Luciano Campos, gerente de aplicações corporativas da TIM, disse que os grandes integradores têm produtos específicos para as empresas de grande porte, mas muitas vezes as soluções para pequenas e médias empresas são adaptações dessas soluções. Campos acredita que as operadoras têm capilaridade de força de vendas para chegar até o pequeno varejo, com soluções mais adequadas para a necessidade de cada um. "Temos um exército de vendedores que vai até cada padaria, cada lojinha e identifica a necessidade daquela empresa", diz ele.
Já o diretor da integradora e desenvolvedora Abacomm, Kleber Meira, acredita que a variedade de ofertas de aparelhos com diversos tipos de sistemas operacionais gera uma demanda pelo trabalho de adaptar as diversas soluções para cada plataforma, coisa que não é do negócio da operadora. Nesse sentido, Meira acredita na parceria entre os diversos players.
Outro ponto interessante levantado pelos painelistas é que no futuro o aparelho mid tier tende a desaparecer. Isso porque, com o barateamento de preço que os smartphones estão sofrendo e pela necessidade cada vez maior dos aparelhos serem capazes de executarem as mais diferentes tarefas, deixa de fazer sentido uma opção intermediária. Julio Ramos, da Microsoft, acredita que até 2011 serão mais de 310 milhões de dispositivos conectados no mundo. Meira, da Abacomm pensa semelhante: "Em um curto espaço de tempo, a maior parte dos celulares serão smartphones", diz ele.

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