[Publicado originalmente no Mobile Time] A entrada das pequenas provedoras (PPPs) no leilão do 5G ainda é incerta em modelo de negócio e financiamento. Executivos que participaram do Painel Telebrasil 2021 nesta terça-feira, 21, indicaram alguns meios de entrada e de mitigação de custos, como o compartilhamento de infraestrutura.
"Se você tem uma gama de ativos que ajuda na interoperabilidade, de forma ativa mais que passiva, isso é viável para financiar a forma de participação e ajuda em uma maior conectividade. Juntar uma gama de ativos, próprios ou terceiros, é um provocador dos financiamentos", disse Valder Nogueira, managing director do Santander.
Para Felipe Matsunaga, sócio da EB Capital (que tem investimentos em operadoras como a Sumicity), é "fundamental que as PPPs participem do leilão", pois essas empresas estimulariam a competição com os grandes players.
Matsunaga explica ainda que a maneira como pretendem entrar no certame será fazendo proposta em lotes regionais (sozinhos ou em parceria com outro ISP) ou por meio de rede neutra. Contudo, o executivo acredita que esse segmento pode ter dificuldade de entrar pelo conjunto do investimento, como infraestrutura de rede.
"A dificuldade das PPPs é a alavancagem. Tem um Capex muito grande para ser feito pelas PPPs, não é só espectro. O poder de fogo é menor", resumiu.
Na parte de rede neutra, a Highline Brasil tem em sua estratégia a proposta de comercializar a capacidade da rede móvel 5G no atacado. O diretor da empresa, Luis Minoru Shibata, reafirmou que há a intenção de participar do leilão, mas reiterou que isso só ocorreria com a certeza das regras após a aprovação do edital. (Colaborou Bruno do Amaral, do Teletime)