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Potencial de crescimento da fibra continua depois da pandemia

Luís Lima, vice-presidente da Algar Telecom

O avanço da fibra no País, em constante crescimento desde pelo menos 2016 e que ainda foi impulsionado pelo aumento da demanda desde o início da pandemia, não dá sinais de que vai diminuir. Por um lado, tem o crescimento orgânico, com áreas ainda não atendidas por grandes ou pequenos provedores. Por outro, há a sobreposição de infraestrutura com a troca de tecnologia. Conta ainda a subnotificação das empresas menores, que passam por tendência de consolidação e, consequentemente, regularização das notificações. 

Na perspectiva do vice-presidente de tecnologia da Algar Telecom, Luis Lima, a pandemia trouxe demanda efetiva de conectividade mais robusta em residências. Contudo, há ainda trabalho a ser feito. “Na minha visão, ainda existe uma demanda intensa de tecnologia, e a conectividade por si só não será suficiente, todas as operadoras estão no caminho das TICs”, declarou ele durante o segundo dia do Painel Telebrasil 2021 nesta terça-feira, 21, e que vai até a semana que vem.

Lima aponta para localidades menores que ainda contam com sobreposição de redes de fibra. “Cedo ou tarde vamos ter que discutir, pois há um conjunto excessivo de fibras”, diz, referindo-se à consolidação da infraestrutura ou mesmo das próprias empresas. A posição da própria Algar em relação a uma operação de rede neutra, no entanto, não está definida. “Estamos estudando, aqui na Algar não temos opinião formada sobre o tema ainda.” 

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A operadora mineira tem atualmente 112 mil km de redes, dos quais 35% são por meio de swap, e 65% com fibra própria. E a empresa está iniciando projetos em XGSPON para aumentar a banda para o acesso FTTH e para o backhaul do 5G.

A diretora do departamento de políticas para telecomunicações e acompanhamento regulatório no Ministério das Comunicações, Nathália Lobo, ressalta que a fibra é elemento central na estratégia da pasta, inclusive após a Portaria nº 2.556 em abril, que estabelece a prioridade desse tipo de rede, inclusive para redes metropolitanas. A expansão da rede é compromisso no PGMU V, Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) e programas como Nordeste e Norte Conectado

“Na medida em que vai se atendendo as demandas com qualidade e velocidade adequadas, tem-se a expansão também das demandas por mais capacidade”, coloca Lobo, citando aplicações como nuvem e videogames. Por conta disso, afirma que o governo vem procurando atendimento não apenas na abrangência de municípios, mas de localidade e setor censitários, podendo chegar até a bairros. “Política pública é ciclo constante, fazemos adequações necessárias de acordo com as demandas da população”. 

Qualidade

Mesmo com o avanço da fibra, ainda há de se endereçar o acesso de qualidade. O consultor da Teleco, Eduardo Tude, explica que a expansão da fibra no Brasil se deu por conta do barateamento da infraestrutura, com ajuda da regulação. “Na Europa você não sai pendurando fibra no poste, como acontece no Brasil. É uma barreira de entrada maior. Acabamos tendo regulamentação que liberou o uso de postes, e isso tornou barato para provedores que começaram em rádio migrarem para a fibra.”

“Com a maturidade da tecnologia, ela foi se tornando mais barata. Mais empresas têm competitividade maior entre fabricantes [de fibra], alguns totalmente desconhecidos até cinco anos atrás e chegaram e trabalharam forte com empresas menores, dando boas condições de financiamento”, complementa o gerente sênior de vendas de soluções integradas da Huawei, Julio Sgarbi. “É uma combinação de maturidade, volume e competição.”

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