A Telemar pretende concluir este ano 20% das metas de universalização determinadas pela Anatel para dezembro de 2005. O esforço será concentrado no Maranhão, na Bahia, no Pará e em Minas Gerais, Estados de grande extensão territorial e com muitas localidades para serem atendidas. Apesar da pressa, a operadora ainda não escolheu os fornecedores de equipamentos para o projeto de atendimento ao Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU), o que deve acontecer nos próximos meses.
O presidente da Telemar, Ronaldo Iabrudi, garante que a companhia cumprirá suas obrigações contratuais, mas critica a meta de oferecer acesso individual em todas as localidades com mais de 300 habitantes. Segundo o executivo, na meta anterior, que era de oferecer acesso individual em localidades com mais de 600 habitantes, houve muitas linhas devolvidas por inadimplência. ?Em vez de instalar telefones na casa de quem não vai usar, seria melhor instalar centros para acesso à internet em alta velocidade e melhorar a inclusão digital?, disse Iabrudi. ?Além do mais, os equipamentos de comutação são importados. Mandaremos divisas para o exterior?, acrescentou. Quanto à meta de instalação de telefones públicos (TUPs) em localidades com mais de cem habitantes, o presidente da Telemar não tem nenhuma objeção.
As metas são estabelecidas contratualmente e, da mesma forma com que as teles não gostam de mudanças nos contratos, também a Anatel deve jogar duro em relação a qualquer mudança.
Interconexão
A Telemar pediu à Anatel o adiamento por 90 dias da consulta pública da proposta de alteração no regulamento geral de interconexão. A princípio, o prazo se esgota na próxima segunda-feira, dia 27. Iabrudi justificou a solicitação argumentando que o tema é muito complexo e a operadora não teve tempo de fazer uma análise profunda e completa. Ele acredita que a agência atenderá ao pedido. Abrafix, Acel e Telefônica também solicitaram a prorrogação do prazo. A Anatel diz que os prazos estão, a princípio, mantidos.
Inclusão digital
A Telemar anunciou nesta terça-feira, 21, a criação do Prêmio Telemar de Inclusão Digital. ?Premiaremos iniciativas de inclusão digital que sejam criativas, baratas e facilmente replicáveis?, explicou George Moraes, diretor de marketing institucional do Grupo Telemar. Haverá premiação em três categorias (ONGs, universidades e escolas) e em três regiões (Norte/Nordeste, Sul/Centro-Oeste e Sudeste). Os valores dos prêmios variam de R$ 5 mil (terceiro colocado) a R$ 20 mil (premiação nacional). Há ainda uma quarta categoria, mas sem premiação em dinheiro: ?Empresas?. A Telemar espera receber entre 500 e mil inscrições. Uma comissão julgadora avaliará os projetos. A data para a divulgação dos vencedores ainda não foi definida.
