Risco de reestatização é o novo discurso de concessionárias

Se ouvir de executivos do setor de telecomunicações que a regulamentação – ou em determinados casos, a falta de regulamentação – tira a rentabilidade e desestimula a entrada de novas empresas no mercado já é recorrente em seminários especializados, a discussão ganha um novo elemento agora em tempos de crise real: o risco de reestatização do setor. "Na abertura do mercado é necessário levar em conta a viabilidade econômica do concessionário. Se um concessionário se deteriorar, o governo terá que assumir a empresa para dar continuidade ao serviço e os custos serão maiores", disse Ércio Zilli, diretor de assuntos regulatórios da Telemar durante o 2º Seminário Internacional Telecom. O vice-presidente de telecomunicações da Tele Centro Oeste Celular, Mário César Araújo, assumiu posição semelhante no mesmo evento: "Não podemos fazer como no Chile, onde o mercado se abriu a muitas empresas e estas acabaram tendo problemas financeiros. Primeiro, caiu a qualidade do serviço. Depois, deixou- se de pagar aos fornecedores. Por fim, o Estado teve que assumir o encargo de socorrer as empresas", disse Araújo.

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