O projeto do novo órgão já é alvo de críticas. De acordo com Mário Possas, economista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a agência concentrará muitas decisões nas mãos de seu futuro diretor. "Todos os atos de concentração serão autorizados pelo diretor da nova agência, e esses atos significam hoje 90% dos processos que chegam ao Cade. Trocaremos a decisão de um colegiado pela de uma única pessoa", diz Possas. Ainda segundo ele, não é o Cade hoje quem atrasa o julgamento dos processos, mas, muitas vezes, a própria agência. "A Anatel recebeu vários processos e acabou não levando adiante nem regulando", diz ele. Entre estes processos, estariam os relativos ao unbundling e ao acesso à rede de Internet da Embratel pela Intelig, ainda não resolvidos.