O conselho de administração da Oi aprovou nesta quarta-feira, 21, o aumento de capital previsto pela operadora no plano de recuperação judicial aprovado em abril e atualmente em execução.
O aumento ocorrerá mediante a emissão de 264 milhões de novas ações ordinárias, com preço de R$ 5,26 cada. O montante total da operação é de R$ 1,3 bilhão, que será integralizado por meio da capitalização de parte dos créditos detidos por credores da Oi – e que devem passar a controlar a empresa. Considerando o valor de mercado da companhia nesta quarta, 21, de R$ 311 milhões aproximadamente, isso significa que as atuais ações representarão cerca de 20% do capital após o aumento de capital, como previsto.
Na operação, os credores da empresa que toparam a reestruturação de dívidas – inclusive com injeção de dinheiro novo – podem ficar com até 80% do capital social da Oi, portanto.
"O Aumento de Capital endereça um dos principais objetivos do Plano na medida em que auxilia a promover o fortalecimento da estrutura de capital da Companhia, contribuindo para a equalização de seu passivo e superação da atual crise econômico-financeira do Grupo Oi", afirmou a empresa, em fato relevante.
"O Aumento de Capital será homologado pelo Conselho de Administração, sendo certo que a efetivação do Aumento de Capital e a entrega das Novas Ações aos Credores Opção de Reestruturação I também estão condicionadas às autorizações necessárias pela Anatel e pelo Cade, conforme aplicável", lembrou a Oi. Credores que devem assumir a Oi já ocupam cadeiras no conselho da tele desde junho.
Neste mês de agosto, aqueles que aceitaram a opção I de reestruturação subscreveram US$ 601,0 milhões para aporte de novos recursos na Oi; em paralelo, foram reestruturados R$ 6,75 bilhões em dívidas da operadora com o grupo, a partir da emissão de novos títulos.