Para voltar a crescer, Claro ganhou prioridade em investimentos

A operadora móvel Claro foi, até o momento, o principal ponto de preocupação da América Móvil durante o processo de integração das diferentes empresas do grupo, iniciado há dois anos. Em maio, o comando da unidade móvel foi assumida  por Paulo César Teixeira, que tem no currículo a experiência de ter comandado a Vivo. José Félix, CEO do grupo América Móvil, ficou nove meses no comando da área. Ele explica que havia um problema de investimento na Claro que precisava ser corrigido e vê a empresa, agora, com o principal potencial de crescimento para o grupo.

A Claro móvel tem sido, em termos de resultado, o tendão de Aquiles do grupo. Como isso se reverte?

A Claro móvel tem um potencial tremendo de crescer agora que esse ciclo de ajustes passou. Ela tem uma banda larga mais rápida e não tem pontos de estrangulamento de rede. Ela vai buscar a liderança e tirar nacos da concorrência. Investindo como ela está, com a rede que tem, com os profissionais que trabalham na empresa, é só uma questão de tempo. Com isso cresce a receita de todo o grupo, porque o resto está crescendo.

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A estratégia de ataque da Claro, de buscar a liderança, é em cima de qual estratégia?

Melhor rede e melhor produto. O investimento que estamos fazendo é grande. Eu notei nesse período (em que acumulou o comando dessa unidade) que de fato havia um déficit de investimento. Nós corrigimos isso, mesmo que isso tenha tirado um pouco de investimento de outras áreas, porque os recursos são limitados. Mas no meu entendimento havia a necessidade de resolver um problema na Claro, e parte disso era Capex. Temos o backbone e o backhaul da Embratel e da Claro, que precisavam ser otimizados. E com o uso da faixa de 700 MHz isso melhora ainda mais. Mas não dá para fazer em um só dia, e tem uma estratégia de rede e atendimento. A mudança vai acontecendo e a percepção (dos usuários) muda.

A Claro nunca teve a bandeira do compartilhamento de infraestrutura. Isso mudou?

Eu não vejo problema nenhum em compartilhar infraestrutura. Estou estimulando essa troca entre todas as empresas do mercado e queremos incrementar isso. A nossa estratégia é em cima de um melhor serviço e experiência. Estamos fazendo RAN-Sharing em algumas partes da rede e trouxemos para comandar a Claro o Paulo (Paulo César Teixeira), que é um cara que acredita muito em compartilhamento. Muitos grupos terceirizaram suas unidades de torres, mas nisso a América Móvil tem uma estratégia regional e por isso seguimos em um caminho diferente.

Compartilhar a rede não prejudica o negócio da Embratel?

A rede não é da Embratel, ela é da Claro Brasil. A gente compartilha tudo internamente. Mas não prejudica o negócio de nenhuma unidade de negócio, porque a infraestrutura é rentabilizada, a rede está sendo permanentemente utilizada.

(Leia o restante desta entrevista na parte 1parte 2 parte 4)

1 COMENTÁRIO

  1. Falta a Claro investir nos municípios menores onde ainda não tem nada além do que uma operadora oferecendo serviços. Em Moiporá-Go mesmo, só tem uma única operadora como opção que é a Oi e se tivéssemos outra opção com certeza iriamos para a Claro. Se a Claro quiser ser diferente terá que investir onde ainda é pobre em investimento e tem que ser em todos os municípios.

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