América Latina enfrenta déficit espectral para serviços móveis

Os países latino-americanos têm alocado, hoje, para serviços móveis, em média, apenas 20% da quantidade de espectro recomendada pela UIT (União Internacional das Telecomunicações) para 2015. A região corre o risco de enfrentar um gargalo espectral no futuro, se não enfrentar a questão. O problema será mitigado com os leilões do chamado "dividendo digital", em frequências usadas atualmente pela TV aberta, como a faixa de 700 MHz no Brasil. Os números fazem parte de um levantamento feito pela Signals Telecom Consulting a pedido do 4G Americas.

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A UIT recomenda que haja 1.300 MHz dedicados a serviços móveis em 2015. O cálculo leva em conta o crescimento da base de assinantes e o aumento do tráfego de dados, com a popularização dos smartphones, e vale tanto para as redes IMT-2000 quanto IMT-Advanced.

Em dezembro de 2012 havia 680 milhões de conexões móveis em serviço na América Latina, das quais 113 milhões (17%) eram de banda larga (HSPA ou LTE). Em 2017, a previsão é de que a região alcance 858 milhões de conexões ativas, sendo 581 milhões (68%) em HSPA ou LTE, de acordo com projeções da Informa Telecoms & Media.

Brasil, Chile e Colômbia são os mais bem situados na região, tendo alocado para serviços móveis aproximadamente 30% do total recomendado pela UIT. Costa Rica, Nicarágua, Peru, Porto Rico e Uruguai estão na casa dos 20%, dentro da média regional. Os demais países ficam entre 10% e 20%. Uma revisão do estudo da UIT está sendo elaborada para publicação no ano que vem e pode aumentar ainda mais a recomendação de alocação de espectro para mobilidade.

No Brasil, as faixas hoje usadas para serviços móveis são: 850 MHz, 900 MHz, 1.800 MHz, 1.900 MHz, 2.100 MHz e 2.500 MHz (veja tabela abaixo).

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