Entrega de conteúdos de vídeo on-line tem a qualidade como maior desafio

A convergência entre o setor de broadcast e a banda larga é tema de debates no Congresso SET, 2012, evento de engenharia de televisão que acontece em São Paulo de 20 a 23 de agosto. "O que parecia uma tendência (vídeo sobre redes de banda larga) tem se tornado uma revolução da indústria global", disse Alexandre Colcher, consultor da Accenture. "A quantidade de devices conectados vai aumentar. Passa a ser invevitável servir bem para manter o cliente e monetizar. Ele apresentou conteúdo de uma pesquisa feita pela Accenture que mostra que 87% dos consumidores no Brasil estão dispostos a pagar por vídeo online. A pesquisa também perguntava de quem as pessoas estavam dispostas a contratar o serviço de banda larga. A maioria contrataria das telecoms e empresas de banda larga (42%). Broadcasters (20%) e fabricantes de TV (19%) apareceram em segundo e terceiro lugar, respectivamente.

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Com base neste cenário de convergência, a Oi tem feito investimentos. "A Oi entende que é preciso ter uma rede abrangente e diversficada", explica Marco Dyodi Takahashi, diretor do segmento FTTH/IPTV da operadora. A empresa quer lançar o produto de IPTV este ano em uma nova rede fiber-to-the-home (FTTH) para a cobertura de áreas mais densas. A meta é chegar a 2,5 milhões de casas passadas em 2015 em mais de 20 cidades. Estão nos planos a implementação de redes de distribuição de conteúdos (CDNs, na sigla em inglês) para a distribuição de vídeo e a implementação da plataforma de vídeo on-demand (VOD).

Breno Fleury, gerente de negócios da Cisco, também apresentou dados de algumas pesquisas que justificam os investimentos de provedores na qualidade do serviço. O número de usuários de Internet no Brasil deve sair de 61 milhões em 2012 para 98 milhões em 2016. A velocidade média da banda larga no País também deve saltar de 4,9 Mbps para 13,6 Mbps neste período. Em 2016 haverá em média três dispositivos conectados para cada indivíduo. "A palavra-chave é qualidade de experiência. É preciso sair do 'best effort' para garantir o 'quality of experience'", observa.

De acordo com Fleury, um impacto que não pode ser ignorado é o das TVs e consoles de games conectados, pois o crescimento de ambos tem sido progressivo e bastante rápido. Nos Estados Unidos, das casas com conexão de banda larga, em 42% havia uma smart TV em 2010. Já em 2011, 51% contavam com o dispositivo. Entre os consoles também há progressão. Eram 47% em 2010 e, em 2011, chegaram a 52%. Pesquisa de um ano atrás indica que o tempo médio semanal de consumo do conteúdo das TVs conectadas era de 4,7 horas.

O executivo da Cisco também destacou o fato de que o principal motivo de irritação de quem consome vídeo pela Internet é o atraso no buffering (30%). "O impacto é imenso e a solução são os investimentos paralelos. Tanto os orgânicos, na qualidade do serviço, quanto as soluções específicas para melhorar a experiência do usuário", diz Fleury.

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