A Nokia retomou ao longo do segundo trimestre o crescimento da receita líquida na América Latina. As vendas da fornecedora na região alcançaram 275 milhões de euros durante abril a junho, em crescimento orgânico de 5%.
O indicador teve alta sobretudo pela demanda latino-americana por redes móveis, apontou a empresa em balanço publicado nesta quinta-feira, 21. América do Norte (+19% na receita) e Orienta Médio e África (+15%) também tiveram resultados relevantes.
Globalmente, a receita da companhia finlandesa cresceu 3% em termos orgânicos (para 5,873 bilhões de euros), também com ajuda da divisão móvel, que voltou a crescer mundialmente (+1%, para 2,593 bilhões de euros).
Já a área de infraestrutura de rede teve o resultado mais marcante do trimestre, com alta orgânica de 12% na receita, para 2,153 bilhões de euros. Enquanto a divisão de cloud e serviços de rede se manteve estável (753 milhões), a Nokia Technologies recuou 26% em termos de faturamento (305 milhões de euros).
A performance da área foi um dos motivos para retração na margem operacional da fornecedora, que recuou de 12,8% para 12,2% em um ano. Já o lucro operacional comparável da Nokia cresceu 5% no segundo trimestre, alcançando 714 milhões de euros diante do mesmo período do ano passado.
Além da Nokia Technologies (que atravessa fase de renovação de importantes contratos), outros fatores de risco foram citados pela fornecedora no balanço do segundo trimestre: a persistência de riscos logísticos, sobretudo no segmento de redes móveis, a possibilidade de novos lockdowns em alguns mercados e incertezas macroeconômicas e flutuações cambiais envolvendo países emergentes. Ainda assim, a companhia mostrou otimismo quanto ao alcance das metas definidas para 2022.
