TIM prepara rede neutra para infraestrutura fixa ao lado de investidores

A TIM revelou nesta terça-feira, 21, mais detalhes sobre a rede neutra de infraestrutura fixa que a empresa deve lançar a partir de uma joint-venture ao lado de investidores. Segundo a empresa, a iniciativa é importante no enfrentamento do "gap digital' ainda existente no acesso à banda larga fixa no País.

"A intenção é criar um veículo FTTH que multiplique investimentos e crie mais cobertura de banda larga fixa, oferecendo essa infraestrutura como rede neutra para qualquer ator que possa vir a precisar", afirmou o diretor de engenharia da TIM, Marco di Costanzo, durante o Fórum das Operadoras Inovadoras promovido por TELETIME em parceria com o Mobile Time.

Segundo di Costanzo, a empresa está indo ao mercado para criar a joint-venture ao lado de fundos e investidores que queiram participar da empreitada. A possibilidade havia sido mencionada no plano industrial 2020-2022 da empresa, divulgado em março: na época, a TIM afirmou desejar uma parceria até o fim do ano.

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Já em maio, a Telecom Italia (controladora da TIM) afirmou que um termo de confidencialidade (NDA) com um potencial parceiro já estava sendo assinado. Conforme informações reveladas há uma semana, o banco UBS está assessorando a operadora na iniciativa. Importante notar que outros movimentos em redes neutras para atacado foram anunciados recentemente: além da Oi, que pretende entrar no mercado após a separação de seus ativos, a American Tower também revelou planejamento para a área.

Compartilhamento

Segundo o diretor de engenharia da empresa, esforços na direção do compartilhamento são necessários visto que, na visão da TIM, nenhum player ou tecnologia serão capazes de endereçar sozinhos o gargalo digital do País. "Menos de 20% da população brasileira tem banda larga acima de 34 Mbps", notou di Costanzo. Essa é a velocidade que a Anatel considera como "ultra banda larga" e que respondia por 48,6% de toda a base de Internet fixa no País (16,161 milhões de acessos).

Neste sentido, o executivo lembrou que a operadora já tem contratos de RAN sharing vigentes com a Oi há quatro anos e com a Vivo há três. Também com a Vivo, foi celebrado recentemente uma parceria para uma single grid 3G e 4G.

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