MVNOs esperam aumento de market share em até quatro anos

Chips de celular amontoados. Foto: Pixabay

[Publicado no Mobile Time] Apesar de o market share das Operadoras Móveis Virtuais (MVNOs na sigla em inglês) ser de apenas 1% atualmente no Brasil, os players deste mercado estão otimistas quanto ao seu futuro. Um dos motivos para se acreditar na prosperidade para o segmento é que essas empresas acreditam contar com aproximadamente 200 milhões de potenciais clientes. Elas afirmam que muitos estariam insatisfeitos com os serviços prestados pelas operadoras de celular. É aí que as virtuais podem entrar em ação e conquistar quem não está feliz com o serviço. A discussão aconteceu com cinco representantes do mercado durante a live "Uma nova fase das MVNOs no Brasil" no segundo dia do Fórum das Operadoras Inovadoras, evento realizado em parceria entre Mobile Time e TELETIME nesta terça-feira, 21.

Bruno Ajuz, vice-presidente de marketing da Telecall, explica que o cliente final navega entre operadoras conforme preço ou serviço oferecido. Seu otimismo é que o market share suba 4 pontos percentuais. "As possibilidades de crescimento são muito grandes. Acredito que em três ou quatro anos a gente chegue a 5% do mercado".

Ronaldo Yoshida, diretor de estratégia e novos negócios da Dry Company é mais otimista ainda. "Espero entre 8 e 10%", comentou.

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Pós-pandemia

O crescimento estipulado pelos especialistas não está atrelado à crise do novo coronavírus, apesar de ela não ter prejudicado tanto quanto em outras verticais. Para o segmento de Internet das Coisas (IoT), o mercado reaqueceu ainda em maio, segundo André Martins, CEO da NLT. "As áreas de telemedicina e mobilidade urbana tiveram muita relevância na pandemia", explica. Para o executivo, o mercado de IoT vai crescer exponencialmente porque, durante a crise, a transformação digital se acelerou muito e houve um salto tecnológico. Com isso, "muitas atividades serão automatizadas rapidamente no 'novo normal'. Seremos agraciados com uma demanda interessante", disse.

A Surf Telecom também sentiu o reaquecimento. "Em março, houve uma desaceleração grande. Em maio voltamos a ampliar e, em junho nosso resultado foi superior e estamos na linha de retomada", disse Alexandre Pieroni, diretor de wholesale & IoT do Surf Group.

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