Warner propõe venda de pacotes de produtos digitais

Vender ringtones, full tracks e ringbacktones isoladamente não é o melhor caminho. Para a Warner, uma das maiores gravadoras de música do mundo, a melhor estratégia para fazer crescer as vendas de conteúdo de música nos telefones móveis é a oferta de pacotes com vários produtos juntos. O vice-presidente de estratégia e tecnologia do Warner Music Group, George White, deseja que se torne realidade dentro de um ano o conceito que batizou como ?connected music experience?. Ele apresentou nesta quinta-feira, 21, durante o Brew Conference 2007, em San Diego, um exemplo do que seria essa nova forma de venda de conteúdo musical: ao baixar uma música de uma determinada banda, o usuário poderia baixar também uma espécie de aplicativo, dentro do qual encontraria com facilidade uma série de outros produtos relacionados ao mesmo conjunto. A partir desse aplicativo, o usuário seria avisado também sobre novidades relacionadas à banda, recebendo em primeira mão clipes, cenas dos bastidores de shows etc. Com isso, seria possível estender significativamente o tempo de venda de produtos relacionados a um disco lançado.
Por trás desse conceito está a necessidade de ajudar o usuário a encontrar conteúdo que considera relevante. Segundo White, hoje, em média, são necessários 20 cliques e 2 minutos e meio para se encontrar o ringtone de uma banda específica. ?Não é fácil achar o que se deseja. Muitas vezes, o ringtone está em um menu e o full track da mesma banda está em outro menu?, critica outro executivo da Warner, Paul Rehrig, diretor sênior de desenvolvimento de negócios e de estratégia de produtos da empresa.
Um exemplo de venda casada de sucesso citado pelo executivo é o ?Chaka Uta Full?, da KDDI. Junto com a compra de um full-track, o usuário da operadora japonesa tem o direito de recortá-lo e criar seu próprio truetone. Foram 100 milhões de downloads em dois anos.

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White apresentou pesquisas recentes que demonstram que, no último ano, permaneceu baixo o percentual de usuários que compram ringtones ou truetones, enquanto aumentou o percentual daqueles que transformam um full-track no toque do seu telefone.

Sprint

Do lado das operadoras, Jeff Luther, diretor de serviços de entretenimento móvel da Sprint, disse que o mais importante no momento é conseguir transformar o celular no MP3 player principal dos usuários. Por isso, na sua opinião, as operadoras e os fabricantes não deveriam coibir os usuários de carregar músicas de seus CDs e PCs no celular. Pelo contrário, o chamado ?sideloading? deveria ser incentivado. ?E se conseguirmos convencer os usuários a fazer suas novas compras de música através do celular, ótimo?, disse Luther. O problema, na opinião de Rehrig, da Warner, é que os fabricantes ainda não conseguiram desenvolver um celular que seja realmente bom como MP3 player.

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