A Oi e a administradora de crédito Paggo desenvolveram o primeiro cartão de crédito embutido em um telefone celular. O ?Oi Paggo?, como é chamado, está em funcionamento há um mês em Natal, com 110 estabelecimentos comerciais e pouco mais de 1 mil clientes. Até novembro o sistema será expandido para outras três grandes cidades ? provavelmente Rio de Janeiro, Recife e Fortaleza. E dentro de nove meses o serviço estará à disposição em todos os 16 Estados onde opera a Oi. A meta é alcançar até 2 milhões de usuários cadastrados e 50 mil pontos de venda em 2007, afirmou Leonardo Caetano, executivo da área de m-payment da Oi.
O ?Oi Paggo? é uma bandeira de cartão de crédito, com a diferença que o cartão não existe fisicamente. Ele é um aplicativo dentro do telefone celular do consumidor. Outra diferença: a máquina de PoS é um celular da Oi, o que é mais barato para o lojista e lhe dá mais mobilidade ? taxistas, por exemplo, poderiam utilizar o serviço. O funcionamento é simples: 1) no ato da compra, o usuário fornece seu número de telefone para a vendedora; 2) a vendedora, através do PoS, registra o valor da compra e envia um SMS para o número fornecido; 3) o usuário recebe o SMS e digita uma senha, autorizando a transação; 4) a fatura mensal é enviada à parte da conta telefônica do cliente. ?Esse sistema elimina a necessidade de presença física do dono do cartão?, afirma Caetano. E dá um exemplo: um jovem poderia fazer uma compra fornecendo o número do telefone do pai, que autorizaria ou não a transação à distância, via SMS.
Modelo de negócios
A venda do cartão será feita pela Oi, que se encarregará da análise de crédito do consumidor. O serviço poderá ser usado tanto por clientes pós quanto pré-pagos. Não é cobrada anuidade. Mas uma taxa de R$ 2 é cobrada por emissão de fatura. Lojistas e consumidores não pagam pelas mensagens de texto enviadas: quem arca com esse custo é a Paggo. A Oi, além de receber da Paggo pelas mensagens, ganha também com a adesão dos lojistas a um plano corporativo da operadora para que tenham acesso aos celulares que servem como PoS. A Paggo cobrará dos lojistas por transação um percentual abaixo da média de mercado, que hoje gira em torno de 5%.