Huawei propõe regime especial para inovação em experiência do cliente

O CTO da Huawei, José Augusto de Oliveira Neto, aproveitou um dos workshops que antecedem a abertura oficial do 57º Painel Telebrasil, nesta terça-feira, 21, em Brasília, para lançar uma nova proposta: um regime especial de desoneração para inovação em soluções de melhoria da experiência do cliente. O executivo acredita que incentivos para desenvolvimento de mecanismos de gerenciamento de softwares, serviços e aplicações podem colocar o Brasil na vanguarda da qualidade da banda larga para o usuário.

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"Mesmo com as operadoras atendendo as exigências de qualidade da Anatel para a banda larga, o comportamento digital do consumidor atual requer uma experiência personalizada, só assim vamos sanar as reclamações", avalia Oliveira Neto. Ele aponta a necessidade de migração da operação centrada em rede para uma abordagem focada nos serviços e clientes, com gestão da experiência do usuário. "É preciso estabelecer indicadores de qualidade por serviço e por usuário usando as KPIs (key performance indicators) de rede", comenta.

Segundo o CTO da Huawei, as KPIs no Brasil estão em nível avançado e existe a oportunidade para criar processos de garantia de qualidade com base na experiência dos consumidores. "Como isso é novo, o governo poderia lançar um plano especial de regime de qualidade, porque isso é inovação e poderíamos gerar soluções, inclusive, para exportação para outros mercados", avalia.

Para Oliveira Neto, um regime especial, que daria um certificado prévio do governo para desoneração de projetos de inovação em qualidade tornaria controlado o risco de investimento. "Hoje já existem mecanismos de incentivo à inovação, como a Lei do Bem, mas como os projetos são avaliados apenas posteriormente, depois que os investimentos são feitos, corre o risco de o governo depois dizer que não se enquadravam e com esse alto risco as empresas acabam não investindo", justifica.

A ideia da Huawei é conseguir se reunir com o Ministério das Comunicações e outros órgãos governamentais para tentar emplacar a proposta. "O governo já está desonerando redes e incentivando aplicativos para smartphones, o momento é propício para trazer mais esse debate de inovação", completou.

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