Netflix não é mais o inimigo número um da TV por assinatura nos EUA

Em 2011, o principal evento de TV por assinatura dos EUA foi pautado pelo significado do que representava uma empresa como a Netflix para o modelo tradicional de TV paga. Era o inimigo mais comentado e temido em todas as palestras. Esse ano, durante a Cable 2012, que acontece esta semana em Boston, o medo se foi e praticamente não se fala mais em Netflix como uma ameaça. Para Craig Moffett, analista de TV paga da Sanford C. Bernstein, entre o evento de 2011 e o deste ano foi possível colocar a ameaça dos serviços over-the-top (OTT) em uma perspectiva melhor, "até por conta dos resultados ruins da Netflix".

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Por outro lado, para Peter Stern, principal executivo de estratégia da Time Warner Cable, existe ainda uma questão a ser explorada que é por quê 8 milhões dos 25 milhões de usuários da Netflix não são assinantes de TV a cabo. "Existe alguma coisa ai, talvez uma oportunidade". Para ele, a migração dos serviços para plataformas IP é uma realidade, e "a resposta das operadoras em uma nova política de empacotamento é crítica para evitar a perda de mercado com os cable cutters. Quando isso for uma ameaça concreta já será tarde". Para ele, o Netflix e outras plataformas over-the-top têm um grande desafio, que é "ocupar todas as TVs da casa", diz Stern. Mas para ele, "nós (operadoras de cabo) temos o desafio de ocupar os espaços fora da casa".

Para Doug Mitchelson, analista do Deutsche Bank, as pessoas estão deixando de ter TV por alguma razão. "E quanto mais se quebra o modelo, mais os custos aumentam", disse. Ele lembrou que os investimentos em rede estão feitos e que é preciso apresentar os novos modelos.

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