Analistas financeiros temem aumento dos custos de programação na TV paga

Para os investidores e analistas que acompanham a indústria de TV por assinatura nos EUA, há um risco no horizonte muito maior do que os serviços over-the-top ou a competição vinda da Internet. Trata-se do crescente aumento nos custos de programação. Pelo menos foi esse o ponto destacado em um painel realizado na Cable 2012, o principal evento da indústria de cabo doa EUA, que acontece esta semana em Boston. Analistas de cinco instituições de análise financeira e investimento chamaram a atenção para esse problema, que vem consistentemente afetando todas as operadoras e tornando conflitos de negociação cada vez mais evidentes e, muitas vezes, públicos.

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Para Craig Moffett, principal analista de telecom do Sanford C. Bernstein, se os preços de programação aumentarem muito, são os programadores que devem sofrer, pois as pessoas continuarão contratando a operadora para ter banda larga e consumir o conteúdo pela Internet . "A parte de distribuição continua lá. O risco maior é para os produtores e conteúdo", disse. Ele explica que nos últimos anos os custos de programação subiram cinco vezes mais do que a inflação, o que está colocando a sustentabilidade do negócio em risco.

Para Marci Ruvicker, analista da Wells Fargo Securities, é difícil para o mercado financeiro conviver com a incerteza de modelos ainda não provados, como uma futura plataforma de TV da Apple, por exemplo. "Mas temos certeza de que não veremos nenhuma mudança radical nos modelos lucrativos porque os programadores não vão deixar isso acontecer", disse ela, lembrando que se de um lado os operadores precisam entender que os programadores estão indo para outras plataformas, por outro os programadores precisam respeitar a equação de custos dos operadores.

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