O consórcio formado pela AT&T/Bradesco/Globopar pode até vencer uma das concorrências da banda B da telefonia celular. Mas não é com ele que estão as simpatias do governo. Fonte de primeiríssima linha garante que, além de fazer reparos "às tendências monopolísticas" da Globo, o governo faz pesadas restrições ao Bradesco a quem acusa (sem mostrar fatos ou provas concretas) de fazer dobradinha com Paulo Maluf e o jornal Folha de S.Paulo no escândalo da compra de votos. A mesma fonte alega que o Bradesco estaria se aproximando do malufismo (com promessas futuras de verbas eleitorais) e da Folha (com estudo de uma associação salvadora para seu deficitário centro gráfico) por duas razões. De um lado, porque o Banco Central reforçou as suspeitas sobre o banco no caso dos precatórios. De outro, porque a venda do Bamerindus para o Hongkong Shangai (sem qualquer consulta ao banco) constitui-se em uma ameaça real à posição da instituição brasileira. O Bradesco é forte e sadio, mas não está nada preparado para enfrentar uma concorrência globalizada.