Mercado de equipamentos de telecom tem maior queda desde 2002

Foto: Pixabay

As vendas globais de equipamentos de telecomunicações caíram 11% em 2024, aponta levantamento preliminar da consultoria Dell'Oro, divulgado nesta semana. O declínio é o mais profundo em mais de 20 anos, dado que houve contração superior a 20% em 2002.

De acordo com a consultoria, as baixas foram registradas em cinco dos seis segmentos que compõem a cadeia de equipamentos. As linhas de transporte óptico, roteadores e switches para provedores de serviços de Internet (ISPs) e redes de acesso via rádio (RAN) tiveram contrações de dois dígitos, ao redor de 14%.

Equipamentos de transporte por micro-ondas e de rede central móvel (MCN) caíram de forma mais moderada, "na faixa de um dígito baixo", indicou a Dell'Oro. Somente o segmento de acesso de banda larga escapou do campo negativo, ainda que os números apontem apenas um resultado anual "relativamente estável".

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Na avaliação da Dell'Oro, a contração acentuada do mercado se deve ao excesso de estoque, ambiente macroeconômico desafiador e dificuldades com a massificação do 5G.

"As condições melhoraram no segundo semestre, mas, no geral, foi um ano desafiador para os fornecedores de telecomunicações", afirmou Stefan Pongratz, analista da consultoria, em nota.

Os dados preliminares ainda mostram que a queda do mercado de equipamentos em 2024 foi sentida em todo o mundo. Contudo, a contração foi mais profunda na China e na região da Ásia-Pacífico.

Fornecedores

No que diz respeito aos fornecedores, o levantamento mostra a Huawei na liderança global, com 31% do mercado de equipamentos de telecom em 2024, seguida por Nokia (14%), Ericsson (13%) e ZTE (11%).

Cisco (4%), Ciena (3%), Juniper (2%) e Samsung (2%) detêm, cada um, participações na casa do um dígito, enquanto outros 20% do mercado estão pulverizados por outros fabricantes.

Projeção para 2025

Para a Dell'Oro, 2025 não será um ano de retomada do mercado. Por outro lado, a boa notícia é que o ciclo de baixa pode ter chegado ao fim. A consultoria projeta que as receitas globais dos seis segmentos fiquem estáveis neste ano.

"Espera-se que as condições de mercado se estabilizem em 2025 em uma base agregada, embora ainda seja um ano desafiador", ponderou Pongratz.

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