Claro Pay recebe aval do BC para atuar como instituição de pagamento

Claro Pay - Foto: Divulgação

Em mais um passo das operadoras em direção ao mundo das finanças, a Claro recebeu nesta sexta-feira, 21, a autorização do Banco Central (BC) para que a Claro Pay, seu braço de serviços financeiros, possa atuar como Instituição de Pagamento (IP).

O aval da autoridade monetária foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) e foi primeiro publicado pelo portal Finsiders Brasil. A nova IP nasce com um capital social de R$ 263,6 milhões e tem entre seus controladores a família Slim, dona da América Móvil (AMX), holding mexicana que controla a tele brasileira.

Entre eles, estão Carlos Slim Helu, Carlos Slim Domit, Marco Antonio Slim Domit, Patrick Slim Domit, Maria Soumaya Slim Domit, Vanessa Paola Slim Domit e Johanna Monique Slim Domit.

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Segundo o BC, uma instituição de pagamento (IP) é a pessoa jurídica que viabiliza serviços de compra e venda e de movimentação de recursos, no âmbito de um arranjo de pagamento, mas sem a possibilidade de conceder empréstimos e financiamentos a seus clientes.

As IPs possibilitam ao cidadão realizar pagamentos independentemente de relacionamentos com bancos e outras instituições financeiras. Com o recurso financeiro movimentável por meio de um cartão pré-pago ou de um telefone celular, por exemplo, o usuário pode portar valores e efetuar transações sem estar com moeda em espécie. Graças à interoperabilidade, o usuário pode, ainda, receber e enviar dinheiro para bancos e outras instituições de pagamento.

Histórico

A Claro Pay chegou ao mercado ainda em fase de testes em novembro de 2020, sendo lançada comercialmente em março do ano seguinte.

Hoje, oferece serviços como conta digital, Pix, recargas de celular, pagamentos de contas e seguros. Além disso, a própria Claro entrou no mercado de adquirência, em junho, ao disponibilizar uma máquina de cartão para pequenos e médios empresários em parceria com a Fiserv.

Para a empresa, a IP é importante para reduzir o churn e aumentar o ARPU (receita média por usuário). "Para uma telco, a partir do momento em que se tem serviços financeiros atrelados, você reduz o churn, pois o cliente fica mais receoso de sair. E você consegue aumentar o ARPU com base nessa fidelização", afirmou o diretor executivo de Serviços Financeiros da Claro e Claro Pay, Maurício Santos, ao portal Tele.Síntese em 2024.

Vale lembrar que essa não é a única iniciativa das teles no setor de finanças. Em setembro, a Vivo, que detinha uma licença para operar como IP, recebeu do Banco Central uma autorização para funcionar como Sociedade de Crédito Direto (SCD). A principal diferença da SCD é a possibilidade de realizar operações de crédito com recursos próprios, como empréstimos.

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