Serviço móvel garante crescimento de receita e lucro da Telefônica em 2017

O serviço móvel da Telefônica, especialmente no pós-pago e com dados, foi o responsável pelo crescimento em receitas da companhia em 2017, segundo demonstrou balanço financeiro divulgado nesta quarta-feira, 21. O desempenho conseguiu compensar a redução no segmento fixo, sobretudo em TV por assinatura e voz. Com isso, a operadora fechou o ano com crescimento no lucro.

A receita operacional líquida da empresa no trimestre foi de R$ 11,033 bilhões, aumento de 1,5%. No acumulado do ano, o total foi de R$ 43,206 bilhões, aumento de 1,6%. A maior parte da receita advém de serviços, que somaram R$ 10,736 bilhões no trimestre (avanço de 1,3%) e R$ 42,136 bilhões no ano (aumento de 2%).

O serviço móvel registrou receita de R$ 6,552 bilhões nos três últimos meses, um crescimento de 3,8% em comparação com igual período de 2016. No acumulado do ano, o aumento foi de 4,3%, total de R$ 25,387 bilhões. No segmento, volta-se a destacar o papel do SVA, que aumentou 25% no trimestre e 30,2% no acumulado do ano (total de R$ 4,916 bilhões e R$ 18,305 bilhões, respectivamente). A participação da receita de dados e serviços digitais no segmento móvel foi de 75% no trimestre, avanço de 12,7 pontos percentuais, e de 72,1% no ano, aumento de 14,4 p.p. comparado a 2016.

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A receita de Internet foi a maior no SVA: R$ 3,50 bilhões, um crescimento de 8% no trimestre. Já no total de 2017 foi de R$ 13,464 bilhões, aumento de 30,8%. Porém, os "serviços digitais" foram o que mais cresceram: 133,9% no trimestre (R$ 1,330 bilhão) e 51,6% no ano (R$ 3,413 bilhões). As mensagens SMS recuaram 6% e 5,2%, totalizando R$ 335,9 milhões e R$ 1,427 bilhão.

Por outro lado, o segmento de serviços fixos mostrou recuo de 2,3% no trimestre (total de R$ 4,183 bilhões) e de 1,3% nos 12 meses (R$ 16,748 bilhões). Nesse segmento, o único serviço a mostrar crescimento foi a banda larga (clientes residenciais e pequenas e médias empresas), que avançou 22,7% no trimestre (total de R$ 1,253 bilhão) e 16,7% no ano (total de R$ 4,579 bilhões). TV por assinatura apresentou recuo de 2,7% (R$ 472,6 milhões) e de 1,2% (R$ 1,910 bilhão) respectivamente no trimestre e no ano. E voz caiu 14,4% no trimestre (R$ 1,616 bilhão) e 10,2% no ano (6,850 bilhões).

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBTIDA) foi de R$ 3,766 bilhões no trimestre, aumento de 4%, e de R$ 14,485 bilhões no ano, avanço de 3,3%. A margem EBTIDA subiu 0,8 ponto percentual nos três meses, ficando em 34,1%. Considerando os 12 meses, subiu 0,5 p.p. e ficou em 33,5%.

A Telefônica registrou lucro líquido de R$ 1,517 bilhão no final de 2017, um aumento de 24,9%. Considerando o ano passado inteiro, o lucro foi de R$ 4,608 bilhões, aumento de 12,8%.  A companhia divulga também o lucro líquido recorrente, isto é, sem considerar efeitos de provisão e temas regulatórios, venda de torres no começo de 2016 e reestruturações organizacional e corporativa no mesmo ano. Assim, declara ter obtido R$ 1,635 bilhão (aumento de 30,9%) e R$ 4,726 bilhões (crescimento de 22,8%) no trimestre e no ano, respectivamente.

O Capex da operadora no trimestre, sem considerar valores de licenças, foi de R$ 2,664 bilhões no trimestre, uma queda de 4,8%. No acumulado do ano, entretanto, ficou estável (queda de 0,1%), totalizando R$ 7,998 bilhões.

O fluxo de caixa operacional da Telefônica foi de R$ 1,280 bilhão, aumento de 46,3% no trimestre. E em 2017, foi de R$ 6,666 bilhões, avanço de 17,8%.

Operacional

A Telefônica encerrou 2017 com 74,940 milhões de acessos móveis, um aumento de 1,6% na base. Desse total, 36,772 milhões eram de pós-pago (aumento de 10,1%), sendo que 6,231 milhões eram de acessos máquina-a-máquina, um acréscimo de 26,1%. Seguindo a tendência em geral do mercado, o pré-pago caiu 5,5% e encerrou o ano com 38,168 milhões de linhas.

Dessa forma, a companhia afirma que o market share total dela no mercado é de 31,7%, ou 1,5 p.p. a mais do que no final de 2016. Em pós-pago, caiu 0,3 p.p. e ficou com 41,8% de participação. E em M2M, aumentou 2,2 p.p., ficando com 41,5% do total.

O churn mensal da Vivo ficou em 3,3%, uma queda de 0,2 p.p. No pós-pago, excetuando as conexões M2M, o churn ficou estável em 1,7%. Já no pré-pago, a taxa foi de 4,8%, recuo de 0,2 p.p.. A receita média por usuário aumentou 2,2% e encerrou o trimestre em R$ 29,2. No acumulado do ano, a ARPU foi de R$ 28,5, aumento de 3%. Considerando só o pós-pago sem o M2M, foi de R$ 52,9 (aumento de 1,1%) e R$ 52,2 (avanço de 2,1%), no trimestre e no ano. Já o pré-pago foi de R$ 13,6 (queda de 6,9%) e de R$ 13,5 (recuo de 2,9%).

No negócio fixo, o total de acessos diminuiu 2,1%, encerrando o ano com 22,857 milhões de conexões. A redução foi por conta da telefonia fixa (13,837 milhões de linhas, queda de 3,5%) e da TV por assinatura (total de 1,588 milhão, recuo de 7,3%).

Já a banda larga cresceu 1,9% e fechou 2017 com 7,432 milhões de acessos. O crescimento de 9,5% do segmento com fibra (FTTx), totalizando 4,541 milhões de conexões, compensou a queda de 8,2% nas demais tecnologias, que somadas totalizaram 2,891 milhões de acessos.

O ARPU de voz caiu 7,4% e ficou em R$ 40,1. Já o de banda larga, foi de R$ 56,1, aumento de 20,5%. E o da TV por assinatura, mesmo com a queda na base, foi de R$ 98,3, um aumento de 5,6%.

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