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Stone Age aposta no Big Data para trazer economia ao setor de telecom

O conceito de Big Data vem aos poucos ganhando adeptos no setor de telecomunicações. No caso da fornecedora brasileira de soluções de gestão Stone Age, o serviço de gerenciamento de dados não-estruturados não é exatamente novo: desde 2004 presta serviços para o mercado de telecom, tendo como clientes a Embratel e a Oi, dentre outros.

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A companhia, que começou oferecendo documento de declaração de tráfego e de prestação de serviços (Detraf), passou a entregar um serviço de busca jurídica, uma base onde são armazenadas faturas por vários anos para casos de suporte judicial e pedidos de segunda via. Na fase atual, a empresa conta com uma plataforma para um projeto de emissão de notas fiscais, atendendo à exigência de emitir nota tanto para planos pós-pagos quanto pré-pagos. "Isso foi um problema porque a maior parte (da base das operadoras móveis) é de pré-pago, era um desafio tecnológico, tinha que gerenciar o layout dessas notas, acertar a mudança e não impactar a geração", explica o coordenador da área de software da Stone Age, Fernando Guimarães.

Dessa forma, são geradas 150 milhões de notas fiscais por dia na operadora móvel, o que se mostra um desafio não apenas para a operação, mas para armazenamento. "É um volume grosseiro de dados para fazer a consolidação e emissão da nota fiscal", ressalta Guimarães.

Antes de adotar a plataforma de gerenciamento de Big Data, o cliente não conseguia discriminar a tributação para custos de ligações e de dados, o que o levava a ser tributado pela tarifa mais cara. "Para ela ter a tributação detalhada, era obrigada a discriminar todas as ligações, e isso expandia mais ainda o problema do volume", diz o sócio-diretor da Stone Age, Ricardo Gomes da Costa. Segundo ele, após a implantação da solução, que age integrada ao sistema OSS/BSS da tele, o projeto se pagou em um mês.

Para futuras redes móveis, que poderão serviços de voz sobre LTE (VoLTE), por exemplo, a tributação já não seria um problema. A cobrança é feita de acordo com o serviço telefônico prestado.

Para armazenar dados, um serviço considerado mais simples, a economia se dá na infraestrutura por utilizar várias técnicas de compressão de dados que diminuem um banco de dados de 70 TB para 20 TB. Tudo processador por CPUs comuns rodando sistemas Windows ou máquinas em ambientes virtualizados.

Negócios futuros

Na verdade, a empresa já oferecia serviços de Big Data ainda na década de 90 para o governo, em um projeto do Ministério do Trabalho, e depois no mercado financeiro. "Inventaram um nome novo para o que a gente já faz há 28 anos", diz o gerente de planejamento estratégico da Stone Age, Vladimir Motta. Segundo ele, as empresas têm aceitado melhor a utilização dos serviços após ver cases de sucesso. "Nosso projeto sempre tem propósito específico, como questão jurídica, acelerar processo de vendas e analisar crédito, sempre com benefícios mensuráveis".

O setor, diz Motta, corresponde a de 30% a 40% das receitas totais da Stone Age. Para o ano que vem, deverá haver uma revisão de portfólio, preparando-se para o foco em monetização de serviços móveis de valor agregado. "Nossa percepção é que o mercado é um pouquinho imaturo no País na hora de transformar receitas em dados", declara. O executivo afirma que a empresa tem procurado trabalhar com vendas diretas, efetuando um programa de alianças e parcerias com especialistas de consultoria. "A gente já tem um nome, e vamos ter alcance (maior) no setor de telecom", diz Motta, prometendo esse projeto para o primeiro trimestre de 2014.

Reformulação de portfólio

Outro foco de trabalho da companhia é em investimento em pesquisas e desenvolvimento, o que Motta garante ser "um percentual bem significativo do faturamento". Dessa forma, em 2014 a Stone Age deverá lançar uma versão reformulada do banco de dados que permitirá acesso por tablets e smartphones, além de suportar mais serviços na nuvem, monetização de dados e compartilhamento da base para cruzamento de informações. "Hoje, nosso produto já suporta isso, mas este (novo) banco de dados foi escrito para ser totalmente natural em nuvem", diz. A empresa também deverá oferecer um motor para acessos pontuais, que permite a busca por dados em tempo real.

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