Conselho de administração da Telecom Italia é mantido

A tentativa do acionista minoritário Marco Fossati, dono do grupo Findim, de remover os diretores da Telco e promover a renovação de todo o board da Telecom Italia não teve sucesso. Ele alegava que a atual direção favorece os interesses da Telefónica, que controla 44,6% da Telco, holding que, por sua vez, é o maior acionista da Telecom Italia, com 22,4% do controle. Fossati também questiona o valor de venda da operação da TIM na Argentina.

Notícias relacionadas
A proposta do grupo Findim foi rejeitada por 50,3% dos acionistas presentes à reunião desta sexta-feira, dia 20. Foram 7,4% de abstenções e 42,3% em favor remoção do atual board de diretores. Para conseguir destituir o conselho, o Findim, que controla cerca de 5% da Telecom Italia, precisaria da maioria dos acionistas mais um voto.

Assim, o conselho de administração fica como está, com exceção da saída dos presidente e vice-presidente do grupo Telefónica, César Alierta e Julio Linares López, respectivamente, que renunciaram em resposta à recente decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) brasileiro em relação à compra da Vivo. O Cade determinou que a Telefônica ou se desfaça da participação que tem no grupo italiano ou arrume um outro sócio controlador na Vivo, nos mesmos moldes da Portugal Telecom, pois considera que a posição atual oferece grandes riscos concorrenciais.

Sob investigação

Um comunicado da Procuradoria de Roma, divulgado nesta sexta-feira, somou mais um componente de pressão sobre o grupo espanhol. A Justiça italiana, juntamente com a Commissione Nazionale per le Società e la Borsa (Consob), o órgão regulador do mercado financeiro da Itália, está conduzindo uma investigação, desde o início de outubro, acerca da reorganização societária da Telco, quando por meio de aumento de capital com aquisição de ações preferenciais a Telefónica passou a deter 66% do capital total da holding. A Telco, por sua vez, é a maior acionista da Telecom Italia, com 22,4% das ações ordinárias. O objetivo da Procuradoria é averiguar se houve obstrução à supervisão das autoridades regulatórias na transação entre Telefónica e os demais acionistas italianos da Telco (Mediobanca, Generali e Intesa Sanpaolo).

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!