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América Móvil minimiza efeitos da crise no Brasil

A desaceleração da economia brasileira afetou o desempenho da América Móvil (AMX) no País e trouxe prejuízo no trimestre, mas o CEO da companhia, Daniel Hajj, garante que a companhia está caminhando de forma adequada no mercado nacional com a Claro, Embratel e Net. “Estamos bem posicionados no Brasil, mesmo que a economia não esteja parecendo boa para o próximo ano”, disse ele em conferência com analistas nesta terça-feira, 20. A ideia será focar em maximizar retorno, em buscar sinergias de integração e no aumento da penetração do LTE.

“Nossa estratégia é crescer mais no ano que vem em 3G e 4G. O LTE tem clientes que consomem de duas a três vezes mais, então acho que vamos crescer mais nisso”, declarou Hajj, citando tendência em toda a América Latina. Os efeitos da crise são sentidos, mas em clientes com menor receita média (ARPU). “O maior impacto são os assinantes low-end, com um menor consumo no pré-pago, algumas cancelamentos em TV paga, especialmente em satélite. Eles estão consumindo menos, estão mais cuidados no consumo”, declarou.

Na visão de Hajj, isso faz com que a companhia precise atuar com mais cuidado no Brasil, fazendo com que se venda mais e de forma mais lucrativa. Significa também, segundo ele, redução na política de subsídios para o DTH e no pré-pago. Uma alternativa, aponta, é a substituição do subsídio por mais opções de financiamento de handsets, como o plano de atualização anual de iPhone na Claro, por exemplo. A estratégia está sendo adotada em várias operações na América Latina, e tem o benefício também de impactar no aumento do consumo de dados, especialmente em LTE.

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Impacto no Capex

Os investimentos, porém, serão afetados pela crise. Ele insiste: o que já foi gasto em Capex nos últimos anos já forneceria uma boa segurança para deixar a empresa “preparada para suportar” o cenário econômico. “Mesmo se reduzirmos o Capex no Brasil, estaremos bem apoiados para o próximo ano”, garante. Mas o CEO reconhece que parte do Capex variável, que é calculado em função de crescimento, sofrerá com a variação cambial, embora em alguns países e situações, esse investimento seja feito com moeda local. “Estamos vendo onde não podemos ter o mesmo Capex em dólar, mas estamos renegociando com fornecedores, estamos revisando o que precisamos fazer.”

Por outro lado, os investimentos já realizados nos últimos cinco anos e o processo de consolidação das empresas debaixo do guarda-chuva da Claro Telecom Participações no País poderão ser sentidos em 2016. “Achamos que a América Móvil está indo bem no Brasil e esperamos que no ano que vem veremos um pouco mais (os efeitos da) integração, corte de custos e nas economias”, disse.

Mais fusão?

Como não poderia deixar de ser, durante a conferência um analista de mercado pressionou o CEO a falar sobre tendência de consolidação no mercado brasileiro, citando possíveis vendas da Nextel ou da Directv. Daniel Hajj, mais uma vez, reitera que considera boa a posição da América Móvil no cenário competitivo. Ele hesitou ao falar, mas, por fim, declarou a resposta padrão: “Estamos abertos a ver qualquer coisa, mas estamos em um momento muito bom”.

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