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Sky fecha acordo com Telebrás, mas não vai aderir ao PNBL

A operadora de TV por assinatura Sky assina nesta quarta, 21, um acordo com a Telebrás para uso do backhaul da estatal na oferta do serviço de banda larga em Brasília. A expectativa é que a operadora lance no próximo mês o serviço, usando a faixa de 2,5 GHz do MMDS para o acesso.

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Contudo, segundo o presidente da Sky, Luiz Eduardo (Bap) Baptista, a operadora de DTH não está aderindo ao PNBL e nem vai oferecer banda larga ao preço de R$ 35. "Escolhemos a Telebrás porque eles nos ofereceram uma oferta competitiva e profissional, mas infelizmente não dá para fazer o serviço a R$ 35 com os custos que me foram impostos pela Anatel", disse Bap a este noticiário. Ele se refere ao fato de a Anatel ter cobrado valores considerados elevados pelo uso da faixa de 2,5 GHz para o serviço de SCM e para o próprio serviço de MMDS. "A agência, ao estabelecer esses valores, tirou a minha oportunidade de um novo entrante ter uma oferta que force uma redução de preços das empresas estabelecidas", diz.

Ele não dá detalhes de como será a banda larga da Sky em Brasília, nem sobre quais os diferenciais para ter uma oferta que brigue com a GVT, Net e Oi, que já estão na cidade. "Teremos uma oferta interessante aos nossos clientes, mas se fizer a R$ 35, meu retorno é negativo. Eu não tenho recursos públicos, nem apoio do BNDES, então a minha decisão tem que ser empresarial".

Ele confirma apenas que a Sky deve ser das primeiras operadoras do mundo a oferecer a banda larga na tecnologia de TD-LTE. "Escolhemos essa tecnologia porque é para onde o mundo, sobretudo a China, está indo, então a escala é garantida no longo prazo", diz. Sobre a possibilidade de oferecer no futuro mobilidade na faixa de 2,5 GHz, ele diz apenas que é um desejo, mas que se a Anatel cobrar R$ 100 milhões por isso em Brasília, os beneficiados serão apenas as operadoras móveis que já estão no mercado, porque a competição fica inviável.

Sem adiamento

Luis Eduardo Baptista critica o novo discurso adotado por algumas operadoras móveis em relação ao leilão da faixa de 2,5 GHz de que deveria ser adiado para que se priorize uma definição da faixa de 700 MHz, considerada mais rentável. "Há três anos, quando as teles diziam que nós não podíamos usar a faixa de 2,5 GHz porque ia faltar espectro para a banda larga móvel, eu dizia que essa era uma manobra apenas para fechar o mercado. Não deu outra. Elas conseguiram deixar os operadores competitivos fora da faixa de 2,5 GHz e agora querem adiar o leilão para não ter que investir". Para o presidente da Sky, a Anatel deveria, com base nas declarações das teles, cobrar uma satisfação. "Afinal, a agência comprou o discurso da urgência e decidiu em cima disso. E agora, como é que fica?", pergunta.  "Para mim, o melhor seria a agência ter se preocupado não com um discurso catastrofista, mas com a promoção da competição e da concorrência em condições isonômicas".

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