A ministra das Comunicações da Colômbia, Maria Del Rosário Guerra, estará em Brasília para uma reunião com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, inicialmente marcada para os dias 4 e 5 de outubro. O principal tema do encontro é uma revisão da coordenação de posições satelitais andinas com brasileiras. A informação é do diretor do escritório de assuntos internacionais do Ministério das Comunicações da Colômbia, Joaquin Restrepo Mejía, que participou do 7° Congresso Latino-Americano de Satélites 2007, realizado nesta quinta e sexta, 20 e 21, no Rio de Janeiro. A promoção do evento é das revistas TELETIME e TI Inside. Os países andinos detêm a posição orbital 67°, enquanto a StarOne, subsidiária da Embratel, fica com a posição 68°. Como as duas posições são muito próximas, os países andinos querem que o governo brasileiro intervenha para que a StarOne escolha outra posição entre sete restantes.
Os países andinos haviam concedido o direito de exploração à Andesat, que não cumpriu os prazos e teve seus direitos cassados. Na próxima segunda-feira, 24, a comissão que representa esses países fará uma licitação para escolher outro operador satelital, que terá direito de explorar o satélite durante 20 anos. Em troca, fornecerá capacidade satelital gratuitamente ao bloco andino.
Mejía disse que o projeto andino é uma saga. Foi criada essa empresa multinacional, a Andesat, para construção e lançamento do satélite, mas que falhou. Mejía lembra que os andinos eram prioritários para uso da posição 67°. A União Internacional de Telecomunicações (UIT) fez uma licitação para aquisição de nove posições orbitais. A StarOne venceu a primeira rodada e escolheu a posição 75° e depois, 68°. Os andinos queriam que a Anatel intercedesse junto à StarOne para escolha de outra posição entre sete restantes. Isto vinha sendo negociado desde junho, sem êxito, disse Mejía. Agora, o caso será discutido pessoalmente com Hélio Costa, depois que a ministra colombiana conversou com ele.
A idéia defendida por Costa, antes do agendamento dessa reunião, era que, tão logo termine o prazo dos países vizinhos, no próximo dia 31, o Brasil apresente seus argumentos à UIT para exercer o direito pela posição orbital e, assim, proteger as operações do equipamento nacional.
Durante o encontro em Brasília deverão ser discutidos também temas como cooperação técnica de trabalhos sociais, para troca de experiências, desenvolvimento de plataformas e serviços; e TV digital terrestre.