FCC autoriza expansão da frota de satélites da Globalstar

Foto: Divulgação/Globalstar

A Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC, equivalente à Anatel no Brasil) aprovou que a frota de satélites de baixa órbita (LEO) da operadora Globalstar seja atualizada. O sinal verde dado pela agência americana ignorou supostas preocupações com interferências demonstradas pela Starlink. Em fevereiro, a empresa de Elon Musk pediu ao FCC que a solicitação da Globalstar fosse negada.

Mas FCC ampliou por mais 15 anos a autorização para a constelação de satélites HIBLEO-4 da Globalstar. A aprovação também permite que a operadora possa operar até 26 satélites de substituição. Ainda assim, ficou adiada a aprovação para nove satélites restantes – cuja liberação depende agora do envio de um plano de mitigação de detritos espaciais por parte da Globalstar.

Para a companhia, a extensão da licença "reafirmou decisões anteriores sobre as operações exclusivas da Globalstar em sua parte licenciada doGrande Banda LEO". Atualmente, Globalstar opera sete satélites (chamados HIBLEO-4), que são licenciados nos EUA. Já outros 41 satélites (HIBLEO-X) são licenciados pela França, segundo a FCC.

Notícias relacionadas

Starlink

Em fevereiro, a SpaceX (dona da Starlink) enviou uma carta ao órgão de telecomunicações americano pedindo a suspensão de todas as solicitações demandadas pela Globalstar.  De acordo com o documento de ordem e autorização expedido pela FCC, o conglomerado de Musk demonstrou preocupações com interferências nas faixas de frequência que ambas as empresas utilizam – 1,6/2,4 GHz e 2 GHz. 

Mas as justificativas apresentadas pela SpaceX não foram suficientes para convencer a FCC. O órgão considerou "insuficientes" os argumentos da SpaceX para negar o pedido da Globalstar. Segundo a comissão, a modificação proposta pela Globalstar não apresenta problemas de interferência. "Concluímos que a aprovação parcial da solicitação da Globalstar será de interesse público", explicou a FCC.

Expansão

Os planos da Globalstar incluem lançar oito novos satélites HIBLEO-4, que serão  integrados aos satélites HIBLEO-X existentes. Com o tempo, os HIBLEO-X devem ser substituídos – deixando a constelação composta apenas por satélites licenciados nos EUA. Ao todo, a frota da empresa terá 26 satélites, em vez dos 48 atuais.

Em nota, o CEO da Globalstar, Paul E. Jacobs, agradeceu à FCC pelo tempo e recursos da agência direcionados à avaliação do pedido da operadora. De acordo com ele, a expectativa é de que a expansão e atualização da frota resulte "em melhor desempenho e cobertura para os serviços móveis de satélite da Globalstar, incluindo conexões de satélite Direct to Device, em todo o mundo".

"Alcançar esse marco é fundamental para a Globalstar e nos permitir completar nossa missão de fornecer conectividade móvel via satélite crítica e tecnologia que salva vidas em todo o mundo", afirmou o CEO.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!