TIM planeja encerrar 2024 com 5G em mais de 500 cidades

Paulo Esperandio, CMO da TIM - Foto: Marcos Mesquita

A TIM planeja alcançar mais de 500 cidades com o seu 5G em 2024, o que representa um crescimento de 56% até dezembro sobre a cobertura atual, afirmou o CMO da operadora, Paulo Esperandio, nesta quinta-feira, 20. Hoje, a tecnologia da operadora está em 321 municípios.

Durante participação no evento TELETIME Tec, realizado em São Paulo, o executivo explicou que a TIM já cobre, hoje, todas as cidades do País acima de 500 mil habitantes, com nível de densidade de torres para entregar um serviço contínuo. O movimento da ampliação, portanto, vai em direção aos municípios do interior.

"O plano agora é, neste semestre, começar a entrar em cidades de 200 a 500 mil habitantes e, até o final do ano, a gente já leva para cidades de até 50 mil habitantes", disse Esperandio. 

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Ele frisa que a ideia é espelhar o que foi feito pela TIM nas capitais. Em São Paulo, por exemplo, o 5G da tele já está em todos os bairros da cidade. Ao garantir um adensamento em cidades menores, a empresa conseguiria também melhorar a satisfação do usuário.

"Não adianta chegar colocar uma torre em uma cidade que eu vou cobrir só um pedacinho dela, para dizer que eu tenho 5G lá. A gente está levando uma cobertura densa para garantir a continuidade 5G", afirma Esperandio.

Além do mais, a partir do momento em que há a migração do 4G para o 5G, há um crescimento de tráfego do usuário entre 30% a 40%, puxado pela melhor eficiência, menor latência e maior velocidade. 

Rentabilização

O 5G também ajuda a empresa na migração dos clientes para planos mais altos: há aumento de 10% a 15% na  migração "upselling" em locais onde houve a chegada da tecnologia, afirma Esperandio.

Em discussão sobre como rentabilizar a base, o CMO da TIM lembrou que, diferente dos clientes de planos pós-pagos, que escolhem pacotes de dados mais elevados e apostam na qualidade, os clientes de pré-pagos tendem a sofrer mais com eventuais impactos negativos da economia.

"Esse público é mais elástico por condições macroeconômicas ou pela oferta, até pela estrutura do serviço que é entregue. Ao contrário do pós-pago, que é inelástico, por hábitos de consumo e renda", afirmou. 

Para fidelizar o usuário, a TIM também aposta em serviços de parceiros para complementar o portfólio. Entre esses serviços, está o Prime Vídeo, serviço de streaming da Amazon, além de descontos em compras no Zé Delivery, de entrega de bebidas da Ambev.

Zero rating

Por fim, o CMO da TIM disse ao TELETIME que o zero rating "ainda é parte da nossa oferta", mas indicou que a intenção é refinar a estratégia.

"Existe uma discussão muito ampla,  sobre a questão do fair share, temas que inclusive estão sendo discutidos em níveis regulatórios", disse.

"Nesse momento, a gente está fazendo reflexões sobre o que de fato eu tenho que manter ou como eu tenho que atuar nesse mundo de zero rating, de forma que gere de fato valor para o cliente e que seja eficiente economicamente para a empresa", indicou Esperandio.

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