A Brisanet está formalizando na Anatel um pedido para uso secundário da faixa de 700 MHz em um "número significativo" de cidades do Nordeste e Centro-Oeste, revelou o presidente da operadora, José Roberto Nogueira, durante o evento Teletime TEC, realizado nesta quinta-feira, 20, em São Paulo.
A expectativa é que o uso do espectro de 700 MHz permita uma "economia significativa" nos próximos passos de expansão da rede móvel da empresa, hoje disponível em pouco mais de 100 cidades nordestinas. "Temos que ter essa frequência para abordar mais pessoas", explicou o CEO, destacando também a menor necessidade de adensamento de ERBs e, portanto, menor custo de operação em 700 MHz.
Além disso, a Brisanet também já está trabalhando, nas cerca de 100 cidades cobertas no Nordeste, com um adicional da faixa de 2,3 GHz solicitado à Anatel em regime secundário. A operadora tem 50 MHz da faixa em caráter primário conquistados no leilão de 5G, mas complementa a cobertura com mais 40 MHz secundários também em 2,3 GHz, sobretudo para viabilizar a operação simultânea do 4G e do 5G.
"Com esse bloco de 90 MHz a gente tem possibilidade de gerar negócio. Do contrário, teria que ser um investimento maior", explicou Nogueira.
Já o 3,5 GHz – faixa considerada a mais nobre e que a empresa também possui – está começando a ser integrado nos serviços móveis, primeiro pela área vertical de Fortaleza.
"Os desafios das regionais são bem diferentes das incumbentes, com um planejamento bem diferente. Temos que entrar com uma qualidade superior", defendeu o CEO da Brisanet, ao explicar a engenharia. Nogueira ainda defendeu um planejamento "rigoroso" para oferta também da banda larga sem fio (FWA) 5G, algo também na estratégia da empresa.
Operadoras traçam diferentes estratégias para impulsionar FWA