A previsão dos analistas sobre o leilão de recompra das ações PN da Oi/Telemar marcado para 24 de julho continua não sendo positiva, assim como tinham assinalado em maio, quando a empresa manifestou a intenção de recompra de ações preferenciais no valor total de R$ 11,4 bilhões, oferecendo R$ 52,39 pelas ações da TeleNorte Leste (TNLP) e R$ 52,39 da Telemar Norte Leste (TMAR). ?Apesar de nenhum dos grandes acionistas ter se posicionado publicamente contra a operação, é muito provável que a empresa não consiga os 2/3 de adesão para completar o processo pois o preço continua muito baixo. Não houve uma reavaliação do valor?, diz Eduardo Roche, do Banco Modal. Segundo o analista, as perspectivas do mercado vão em direção à valorização futura desses papéis com oportunidades geradas por possível consolidação com a Brasil Telecom, por exemplo, e de mudança societária.
Roger Oey, da Banif Primus, destaca que a empresa precificou a ação entre janeiro/fevereiro, quando o índice Ibovespa estava muito mais baixo e as ações de telecomunicações ?estavam na lona?. ?Agora esse patamar mudou, com novas possibilidades de consolidação que valorizam os papéis na visão dos acionistas?, diz o analista. Nos últimos três dias as ações ficaram em média 3% acima do preço oferecido pela Oi.
Nesse semestre houve a entrada da Telefónica no capital da Telecom Italia, cresceram as especulações sobre uma fusão entre Vivo e TIM e um início de contato entre a Portugal Telecom e a Oi/Telemar, sinalizando uma mudança no escopo regulatório a curto prazo que favoreceria ainda mais as ações das teles, diz Oey.
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