A Telefônica enviou à Anatel proposta de rebalanceamento de sua cesta de tarifas, que prevê aumento da assinatura residencial acima do IGP-DI, redução do custo de habilitação e aumento dos pulsos para serviços locais e de longa distância no reajuste anual de 2002. Segundo o vice-presidente de estratégia corporativa e regulatória da empresa, Eduardo Navarro, a empresa ainda não definiu os percentuais de aumento, faltando fixá-los em negociações com a Anatel até a próxima semana. No caso da assinatura, o valor deve ficar abaixo do teto estabelecido pela agência, de 19,2% (9% acima do IGP-DI de maio de 2001 a maio de 2002). Na habilitação, a redução será superior a 30% (de R$ 76 para R$ 50) e o aumento dos pulsos será definido de modo a compensar estas alterações na cesta. Pela proposta, o reajuste médio na cesta de tarifas local deverá ficar em 8,3% (1% abaixo do IGP-DI). O reajuste médio na longa distância será de 5% e na interconexão local será de 1,6% (quase 8% abaixo do IGP-DI). Com a mudança, a empresa pretende aumentar a rentabilidade por cliente e ?reduzir subsídios entre segmentos de usuários, garantindo sustentabilidade econômica a longo prazo?. Segundo dados apresentados pela Telefônica, 60% de seus assinantes têm conta média do serviço local abaixo do custo de acesso.
Pressão sobre assinatura
O conselheiro da Anatel, Luiz Tito Cerasoli, limitou-se a dizer que a agência ainda estuda a proposta da Telefônica, assim como de outras teles. A tese do aumento da assinatura acima do IGP-DI é tese constante em todas as propostas, disse ele, sem revelar maiores detalhes. E a Anatel tem se empenhado justamente em conter estes aumentos propostos.