Governo do Canadá decide banir Huawei e ZTE de redes 5G

O governo do Canadá anunciou planos para proibir o uso de equipamentos das chinesas Huawei e ZTE nas redes 5G do país. A proposta, que ainda não é lei, também vai proibir a aquisição de novos equipamentos 4G da dupla.

Pelos termos previstos, operadoras canadenses terão até junho de 2024 para retirar os ativos existentes das duas fornecedores e rescindir os contratos de serviços. No caso do 4G, a exigência é de exclusão dos até 2027. O governo canadense ainda sinalizou que as restrições podem incluir equipamentos para redes de fibra óptica futuramente.

Em comunicado, o Ministério da Inovação, Ciência e Indústria do país classificou questões de cibersegurança como motivação, após "revisão completa por agências governamentais e consulta com nossos aliados mais próximos". Estados Unidos, Reino Unido e Austrália também têm restrições a fornecedores chineses, e foi a pedido do governo norte-americano que o Canadá manteve presa a CFO da Huawei, Meng Wanzhou, por quase três anos, até que um acordo permitiu a liberação da herdeira da companhia.

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"Dada a maior interconectividade e interdependência das redes 5G, uma violação ou exploração nesse ambiente teria um impacto mais significativo na segurança dos canadenses e da infraestrutura crítica do que nas gerações anteriores de rede", argumentou o governo do país, em comunicado.

Efeitos da medida ainda dependem da inclusão das regras em uma nova estrutura de segurança de telecomunicações e de alterações na Lei de Telecomunicações do país. Mesmo os prazos reportados na proposta do governo permanecem sob consulta.

Reações

Ao portal Mobile Live World, a dupla de fornecedoras afetada questionou a decisão do governo canadense: a ZTE chamou de "especulativas" as motivações do banimento e afirmou ter fornecido acesso às instalações de segurança cibernética para verificações. Já a Huawei apontou um potencial prejuízo à economia do Canadá e afirmou que hardware e software da companhia foram examinados rotineiramente por agências governamentais do país.

O governo chinês, por sua vez, declarou por meio de porta-voz do ministério das Relações Exteriores que se opõe com veemência à restrição e que tomará todas as medidas necessárias para proteger empresas do país, de acordo com a AFP.

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